Deputados prestam solidariedade à brasileira presa na Rússia 

A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos promoveu, na tarde desta quarta-feira (9), ato pela libertação da brasileira Ana Paula Maciel. A ativista brasileira foi presa pelo governo russo ao participar de um protesto pacífico. Acusada de crime de pirataria, pode ficar presa por até 15 anos. A líder do PCdoB na Câmara, Manuela D´Ávila (RS), sugeriu que o Plenário da Câmara aprove uma moção de apoio a ativista do Greenpeace. 

Deputados fazem ato de solidariedade à brasileira presa naRússia - Richard Silva

A bióloga brasileira e outros 29 ativistas foram detidos enquanto participavam de um protesto pacífico numa plataforma de petróleo no Mar de Pécora, na região do Ártico. Na legislação russa, o crime do qual são acusados, “pirataria em grupo organizado”, é punido com até 15 anos de prisão.

Manuela D´Ávila avalia que não há justificativa para que os ativistas continuem presos, pois o protesto que fizeram foi uma expressão pacífica dos ideais que acreditam.

A deputada Erika Kokay (PT-DF), que coordenou o ato, defendeu o direito de manifestação por parte da sociedade civil e condenou a arbitrariedade do governo russo. “Temos a nítida convicção de que as convenções que consagram o meio ambiente como um direito humano de quarta geração asseguram que essa luta é legítima e absolutamente correta, por isso não aceitamos a prisão da ativista Ana Paula Maciel”, protestou Erika.

O deputado Nilmário Miranda (PT-MG) lembrou que a criminalização das lutas da sociedade civil ocorre em todo o mundo e é preciso que esta prática seja repudiada. “Nós já temos a tradição de nos manifestar quando a militância da cidadania planetária é reprimida em qualquer lugar do mundo. A Ana Paula e seus companheiros foram detidos de forma arbitrária e truculenta e acusá-los de pirataria é um insulto a mais”, acusou Nilmário.

Moção de apoio

Também nesta quarta-feira, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou uma moção de apoio à libertação da bióloga brasileira. De acordo com o presidente da Comissão, Nelson Pellegrino (PT-BA), o pedido será encaminhado ao governo russo por meio do embaixador Sergei Pogóssovitch Akopov.

“A ação dos ativistas do Greenpeace na plataforma da Gazprom no Mar de Barents foi inteiramente pacífica e consistia, basicamente, na colocação de cartazes alertando sobre os perigos da exploração de petróleo no Ártico”, destaca Pellegrino.

Autor da moção, o deputado Henrique Fontana (PT-RS), enalteceu a relevância da luta que causou a prisão dos integrantes do Greenpeace. “Esta é uma causa extremamente justa, uma causa da democracia e de todos aqueles que se preocupam com o modelo de desenvolvimento e com a luta planetária por um mundo sustentável”, enfatizou Fontana.

Da Redação em Brasília
Com agências