Congressistas dos EUA tentam sabotar negociações com o Irã

Membros do Congresso estadunidense trabalham para sabotar as promissoras negociações que avançam entre o governo do Irã e a Casa Branca, denunciou nesta sexta-feira (18) um ex-analista da CIA.

Segundo Paul R. Pillar, ex-analista da agência e atualmente professor visitante na Universidade de Georgetown para estudos de segurança, o Congresso atua para sabotar as negociações com Teerã sobre a utilização da energia nuclear com fins pacíficos.

Pillar propõe, em um artigo publicado no National Interest, que membros do legislativo estadunidense se opõem a um acordo para que os iranianos mantenham seu plano de desenvolvimento nuclear.

Inclusive, agrega, analisam as possibilidades de uma agressão contra esse país, além de estar em andamento um projeto que pediria mais sanções contra a nação persa.

Segundo o acadêmico, os apoiadores de um projeto de lei do congressista Trent Franks, republicano por Arizona, respaldam uma autorização para lançar uma guerra contra o Irã.

Sustenta que, inclusive, um número significativo de democratas trabalha também para evitar um acordo.

Nesta sexta-feira, o jornal The New York Times assinalou que o Governo do presidente Barack Obama avalia uma proposta para aliviar os efeitos das sanções contra o Irã, na qual consideraria oferecer a esse país acesso aos milhões de dólares em fundos congelados.

Para ter acesso a esses fundos, indica o jornal, Teerã deve tomar medidas específicas que permitam a Washington eludir as pressões e os riscos políticos e diplomáticos da anulação das sanções.

Estas ações, sustenta o Times, dariam uma margem a Obama para responder às ofertas iranianas que surgirem das atuais negociações com esse país sobre seu programa nuclear.

Nessa direção, membros do Governo chamaram o Senado a adiar a votação de um projeto de lei, que limitaria ainda mais as exportações de petróleo do Irã, para depois da próxima rodada de conversas entre o G5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França mais a Alemanha) e Teerã, prevista para os dias 7 e 8 de novembro.

Fonte: Prensa Latina