Petroleiros resistem e greve segue forte em seu segundo dia

Continua forte a adesão dos petroleiros à greve iniciada na quinta-feira (17) em todas as unidades operacionais e administrativas do Sistema Petrobrás. Apesar das ações antissindicais da empresa, que insiste em desrespeitar o direito da categoria, através da ingressão de interditos proibitórios e, mantendo trabalhadores em cárcere privado, os petroleiros estão resistindo e permanececerão em greve por tempo indeterminado.



Foto: divulgação-FUP

No Amazonas, além da Reman e das sedes administrativas, a greve teve adesão de 97% no Terminal de Solimões (Transpetro). De acordo com as informações passadas pelo sindicato, o terminal está sendo operado por um grupo de 4 pessoas, que permanece na unidade desde às 15h de ontem.

Em Pernambuco, a greve foi deflagrada às 23h de ontem, na Refinaria Abreu e Lima, no terminal da Transpetro, em Suape e no Gasoduto da base de Jaboatão. Com adesão de 80% dos trabalhadores próprios e terceirizados do turno e administrativo, as unidades da Petrobrás nas regiões estão completamente vazias, segundo informações do Sindipetro PE/PB. Na madrugada desta sexta, os trabalhadores também interromperam o carregamento dos bunkers, que diariamente fornecem cerca de 2 milhões de litros de óleos aos gasodutos.

No Rio Grande do Norte, 100% da produção das plataformas já foi interrompida e os trabalhadores estão entregando as unidades em estado de segurança, conforme estabelecido nas assembleias de preparação de greve. Hoje, o movimento de greve começou no Polo de Guamaré.

Em São Paulo, além das refinarias, a estação da malha do gás de Suzano também está parada. Na Replan e Recap, a greve continua e os ônibus que transportam os trabalhadores do setor administrativo para dentro da refinaria não entraram pelo segundo dia consecutivo.

No Norte Fluminense, os petroleiros também começaram o segundo dia de greve com força total. Na manhã de hoje, houve um grande trancaço no Terminal de Cabiúnas com a participação de mais de mil trabalhadores. Na Bacia de Campos, subiu para 40 o número de plataformas em greve, com adesão de Pargo (PPG-1). Segundo informações do sindicato, mais plataformas podem aderir ao movimento.

Ao longo do dia, os petroleiros devem divulgar novas informações da greve nos demais estados.

Os petroleiros permanecerão em greve em todo o país para impedir que a maior reserva do pré-sal seja leiloada e fortalecer a luta da classe trabalhadora contra o PL 4330.

Fonte: FUP