Chancelaria russa denuncia intenções contra paz na Síria

Surge a impressão de que o documento londrino é uma provocação contra Damasco para boicotar Genebra 2, que terá presença das autoridades sírias, assegurou o diplomata.

É uma ameaça mal dissimulada de voltar a insistir no uso da força contra a Síria, o que é inaceitável, enfatizou Lukasevitch sobre o texto assinado pelos chanceleres da Alemanha, Arábia Saudita, Catar, Egito, Emirados Árabes, Estados Unidos, França, Itália, Jordânia, Reino Unido e Turquia.

Sublinhou que a aprovação desse texto coincidiu com a viagem à região do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, cuja missão é negociar com todas as partes os preparativos da reunião, convocada por iniciativa de Moscou e Washington.

Lukasevitch alertou que se trata de uma tentativa evidente de exercer pressão sobre Brahimi e predeterminar uma anulação de suas gestões diplomáticas.

O porta-voz condenou que o comunicado de Londres volte a estabelecer como tarefa principal a mudança de regime em Damasco e defina a Coalizão Nacional das Forças da Revolução e a Oposição Síria (Cnfros) como único representante legítimo desse país.

Na quarta, os denominados "Amigos da Síria" não conseguiram assegurar a participação das organizações opositoras na conferência internacional de paz para a Síria, conhecida como Genebra 2 em referência ao antecedente de um encontro anterior nessa cidade suíça.

Antes, Brahimi tinha informado que convocaria, para 5 de novembro, uma reunião tripartite em Genebra com diplomatas da Rússia e dos Estados Unidos.

Nessa mesma data, esclareceu, sustentará um encontro com representantes das outras nações membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (China, França e Reino Unido).

Fonte: Prensa Latina