Na Síria, outro chefe entre os opositores renuncia ao cargo
As contínuas vitórias do Exército sírio provocam uma tensão generalizada entre os membros da oposição ao governo do presidente Bashar al-Assad e aos grupos paramilitares que tentam derrubá-lo. Nesta segunda-feira (4), a notícia de que o chefe da Junta Militar do chamado Exército Livre Sírio (FSA, na sigla em inglês) renunciou ao seu cargo se soma a outros episódios do gênero.
Publicado 04/11/2013 09:55

O coronel Abdel Jabbar al-Okaidi era chefe da Junta Militar na província de Idlib, no noroeste da Síria, e integrava o FSA, até que as discrepâncias internas entre os opositores, assim como as derrotas que vêm sofrendo, o levassem a se retirar.
Segundo o alto-comandante do FSA, o orgulho de alguns opositores e a sua recusa aos convites para a unidade têm resultado no grande fracasso e na perda de zonas estratégicas para o Exército Árabe-Sírio, como a cidade de Al-Safire, nos arredores da importante Alepo.
Após uma ampla operação, as forças armadas sírias liberaram a cidade estratégica e as zonas circundandtes, além de combater dezenas de rebeldes ligados a atos de terrorismo que têm vitimado civis.
Em fevereiro, Al-Okaidi havia dito: "Não esperávamos que a batalha por Alepo duraria tanto tempo; pensávamos que levaria menos de um mês, mas não conseguimos o apoio necessário".
Os constantes fracassos dos grupos armados e dos terroristas, em sua luta contra o Exército sírio, nos últimos meses, afetam a postura da oposição e incrementam as discrepâncias, o que determina o aumento das dissidências.
O país, eixo crucial da resistência anti-imperialista no Oriente Médio, enfrenta a ingerência de países ocidentais, que apoiam os grupos paramilitares associados à oposição, mas em grande parte, formados por mercenários e islamistas estrangeiros.
O apoio ocidental e de países vizinhos a esses grupos (tanto financeiro e bélico quanto político) têm impedido a condução das reuniões de diálogo político interno e a conferência internacional Genebra 2, que buscaria uma solução para o conflito de quase três anos.
A imposição de condições políticas contrárias à constitucionalidade do país e assentada na interferência externa (como a demissão do presidente Assad) para a realização da conferência tem sido o principal obstáculo objetivo a essa reunião, enquanto o governo reitera a afirmação de que é o povo sírio, através de eleições, quem decidirá o futuro político do país.
Com informações da HispanTV,
Da redação do Vermelho