Sessão chave do PCCh inspirará nova mudança na China

As discussões em relação às reformas da China estão surgindo em todo o mundo antes da sessão chave do Partido Comunista da China (PCCh), com muitos especialistas estrangeiros esperando que a sessão que se aproxima inspire um novo vigor reformista na China.

A razão desta forte atenção sobre a 3ª Sessão Plenária do 18º Comitê Central do PCCh é que a reforma econômica da China chega a um momento crucial e o país deve inspirar os novos esforços logo depois de sua campanha de abertura e reforma de décadas se quiser manter um crescimento econômico sustentável e rápido.

Para estimular um novo vigor, antes de mais nada, o papel do governo deve mudar, particularmente devem ser reajustadas as funções de demarcação do governo e do mercado.

A nova liderança da China seguiu o caminho de reforma orientada ao mercado, modernização da administração, delegação de poder aos níveis inferiores e permitiu que o mercado desempenhasse um maior papel como "a mão invisível" através de menos intervenção do governo, o que é crucial.

Toshiki Kanamori, diretor administrativo do Instituto de Pesquisa Daiwa Ltd. do Japão, indicou que a Zona de Livre Comércio de Xangai exemplificou a mudança de mentalidade do governo chinês: com nenhuma política e regulamentação preferenciais no antigo estilo do governo, a zona será ajustada pelo mercado.

A reforma dos sistemas financeiro e tributário também atrai atenção do exterior.

O professor Athar Hussain, diretor do Centro de Pesquisa da Ásia da Faculdade de Economia e Ciência Política de Londres, afirmou que a causa fundamental de muitos problemas da China, em especial os de níveis popular, vêm da desigualdade dos gastos do governo e suas receitas fiscais.

As receitas firmes dos governos locais os ajudarão a deter o investimento excessivo e a estimular o consumo, apontou David Dollar, alto membro do Centro John L. Thornton da China do Instituto Brookings.

A liderança chinesa promoverá muito provavelmente a liberalização financeira, reforma fiscal, desregulamentação, urbanização, direito de uso de terra e fixação de preços dos recursos naturais, informou um artigo intitulado "Pessimismo sobre a 3ª Sessão Plenária é Injustificado" publicado pelo centro.

Os autores do artigo, Li Cheng e Ryan Mcelveen, ambos importantes pesquisadores do centro, indicaram que a liderança chinesa deu sinais de reformas integrais que incluem reformas econômicas, sociais, políticas, culturais e ecológicas, ao invés de apenas reforma econômica.

Anoop Singh, diretor do Departamento da Ásia Pacífico do Fundo Monetário Internacional (FMI), revelou em um artigo intitulado "A Reforma Financeira deve Continuar", que os legisladores precisam obter um equilíbrio entre apoiar a demanda e garantir a estabilidade financeira enquanto aceleraram as reformas estruturais.

São necessárias mais reformas financeiras para manter a estabilidade financeira, e melhorar a distribuição de crédito e orientar a economia para um caminho de crescimento mais sustentável, acrescentou.

Singh afirmou em outro artigo, "Uma Lista de Desejos para a 3ª Sessão Plenária da China", que acelerar a reforma é crucial para conter os riscos e obter uma transição tranquila para um crescimento sustentável, e que a sessão do PCCh que se aproxima oferece uma oportunidade para que a nova liderança oriente seus planos para enfrentar esses desafios.

Singh mencionou no artigo que mudar para um caminho de crescimento sustentável requer ações em diversas frentes, como no setor financeiro e reformas fiscais, bem como medidas estruturais.

Mais reformas financeiras são essenciais para frear a formação de riscos, e melhorar a eficiência do investimento e impulsionar a rentabilidade do capital financeiro, disse.

Reformar o sistema de registro de residência melhorará o mercado de trabalho e gerará um ajustamento mais eficiente dos trabalhadores e dos postos de trabalho, apontou.

Fonte: Rádio Internacional da China