PCdoB: Seminário Internacional inicia atividades do 13º Congresso

A primeira atividade do 13º Congresso do PCdoB fala alto e com clareza de um dos aspectos mais marcantes do caráter do Partido: o internacionalismo proletário. Começou nesta quarta-feira (13) o seminário "Tendências da Situação Internacional".

Mais de uma centena de quadros e militantes do PCdoB de todas as regiões do país estão presentes, acompanhando as mais de 50 delegações internacionalistas de Partidos Comunistas e organizações revolucionárias e anti-imperialistas de todos os continentes.

O seminário é uma oportunidade de ouro para pôr em debate temas ligados aos traços essenciais da situação internacional.

Nas teses do 13º Congresso discutidas ao longo de quatro meses, os comunistas brasileiros assinalam em primeiro lugar a crise geral, profunda, sistêmica, estrutural e prolongada do capitalismo.

Não é uma crise apenas econômico-financeira, mas uma crise multidimensional e global, que abrange também os domínios alimentar, energético e ambiental.

A análise dos comunistas brasileiros, partindo de critérios marxistas-leninistas, considera que a crise decorre das próprias contradições do sistema capitalista.

A crise também confirma a teoria leninista sobre o imperialismo, o capital monopolista-financeiro, a oligarquia financeira, o desenvolvimento desigual, a espoliação das grandes potências sobre os povos e nações, no afã de açambarcar suas riquezas e dominar mercados.

A crise do capitalismo acelera tendências da conjuntura internacional, como a rearrumação de forças, as alterações na correlação de forças, o declínio histórico do imperialismo norte-americano, do imperialismo da União Europeia e a ascensão de novas forças geopolíticas e econômicas, como a China e o Brics.

Na situação de crise, torna-se ainda mais brutal a ofensiva da grande burguesia, através de seus governos, contra os trabalhadores.

O mundo está vivendo uma situação de agudas tensões e ameaças à paz e à soberania dos povos e nações.

É de enfatizar como aspecto saliente da situação o aumento e a intensificação da resistência e da luta dos trabalhadores e dos povos, assim como o papel positivo no quadro internacional que desempenham os países socialistas – Cuba, China, Vietnã, Coreia Popular e Laos.

Igualmente, os comunistas valorizam o papel dos países revolucionários e anti-imperialistas da América Latina, nomeadamente a Venezuela bolivariana.

É necessário destacar a luta pela paz e o papel do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, sua entidade correlata no Brasil.

O papel destas organizações é ainda mais destacado quando se constata que o imperialismo intensifica o militarismo e a política de guerra e de violação do direito internacional, como demonstram a guerra contra a Líbia, a intervenção na Síria, as ameaças ao Irã e à Coreia Popular, assim como a política genocida do regime sionista contra o heroico povo palestino.

José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho