Presidente iraniano adverte sobre exigências do Grupo 5+1

As negociações do Irã com o Grupo 5+1 poderão ser torpedeadas por exigências consideradas excessivas, segundo disse nesta segunda-feira (18) o presidente do país, Hassan Rouhani.

Rouhani assinalo durante conversa telefônica com seu colega russo, Vladímir Pútin, que nas conversações da semana passada em Genebra, na Suíça, houve um "bom progresso, mas todo mundo deve precaver-se de que as demandas excessivas podem complicar o processo no rumo de um acordo", segundo veiculou a emissora de televisão iraniana PressTV.

As formulações constituem uma resposta tácita a declarações do presidente francês, François Hollande, que prometeu ao premiê israelense Benjamin Netanyahu, que se oporá a um acordo entre Teerã e o Grupo 5+1, a menos que o Irã cumpre quatro condições.

As exigências francesas se referem a colocar todas as instalações nucleares iranianas imediatamente sob vigilância internacional, deter o enriquecimento de urânio a 20%, diminuir as reservas de combustíveis nucleares e suspender a construção da usina de Arak, onde há um reator de água pesada.

A França integra o G5+1, do qual também fazem parte os Estados Unidos, a Rússia, a China e o Reino Unido, todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mas a Alemanha.

Consideramos que "não deve existir uma situação na qual seja afetada a vontade das partes de alcançar um acordo mutuamente aceitável", sublinhou o chefe de Estado persa em seu diálogo com Pútin.

Na semana passada o Irã assinou um acordo com o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, para que inspetores do organismo da ONU visitem o reator de água pesada de Arak e a mina de urânio de Gatchin.

O gabinete israelense reagiu furiosamente diante da possibilidade de um acordo que termine com a pressão que as potências ocidentais praticam contra o Irã por causa de seu programa de energia nuclear, o que daria um grande passo para a suspensão das sanções econômicas, financeira e políticas que os Estados Unidos e seus satélites praticam contra o Irã, e Netanyahu reiterou suas ameaças de um ataque contra as instalações nucleares iranianas.

Fonte: Prensa Latina