Centrais fazem manifestação em Brasília contra aumento dos juros 

Os representantes das centrais sindicais brasileiras realizaram ato político, na manhã desta terça-feira (26), em frente ao Banco Central, em Brasília, contra a alta dos juros. Os oradores denunciaram a política desenvolvida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, com sucessivas altas dos juros, o que acarreta perdas irreparáveis para a classe trabalhadora, prejudica a produção e favorece o setor financeiro, que não gera empregos.

Centrais fazem manifestação em Brasília contra aumento dos juros - Correio Brasiliense

O Copom está reunido nesta terça e quarta-feira (27) para decidir sobre a taxa básica de juros, hoje em 9,5% ao ano. Será a última do ano. A expectativa é que haja aumento de 0,25%. A ata será divulgada no dia 5 de dezembro.

Leia também:
Sob pressões, Banco Central reúne-se para definir taxa de juros

A manifestação, que teve como slogan Menos Juros, Mais Salários, quer mostrar a força da classe trabalhadora unida para mudar a economia do País rumo ao desenvolvimento independente do mercado internacional.

Para os sindicalistas, o papel das centrais é sair às ruas quando o governo errar. Eles avaliam que aumentar os juros só fortalece o sistema financeiro, em detrimento da indústria nacional, que gera empregos. “Com juros altos, não teremos investimentos para aumentar a produção do país", criticaram os manifestantes que se revezavam ao microfone no alto do carro de som..

Os discursos incluíram ainda outras reivindicações, como o fim do fator previdenciário e a correção da tabela do Imposto de Renda.

Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB), Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores reuniram centenas de pessoas em frente ao prédio do Banco Central, interrompendo o trânsito para a manifestação.

Com o grito de guerra "Eu quero agora, eu quero já, eu quero ver o juro abaixar", no final da manhã, o caminhão de som e os manifestantes, em passeata, seguiram para o Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar apoio aos políticos presos na Ação Penal 470.

Da Redação em Brasília
Com agências