Indefinição sobre eleição no Haiti preocupa Brasil e Uruguai

A indefinição sobre as eleições para o Senado no Haiti tem preocupado os governos de Brasil e do Uruguai, como informa texto publicado nesta sexta-feira (29) pela Folha de S. Paulo. Os dois países são os que mais contribuem com tropas no Haiti e querem que o governo mantenha o funcionamento das instituições democráticas do país.

Haitianos protestam contra Martelly, em Porto Príncipe| Foto: Efe

A principal preocupação é a indefinição sobre as eleições para o Senado, que já está funcionando com apenas dois terços dos seus assentos e poderia perder outro terço em janeiro — ficando incapacitado de legislar. A instabilidade no país poderia atrasar ainda mais a retirada das tropas da missão de paz da ONU, comandadas pelo Brasil desde 2004.

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Segundo o secretário da Presidência uruguaia, Diego Cánepa, Almagro e o subsecretário de Defesa, Jorge Menéndez, foram transmitir a Martelly "a necessidade de que se cumpram as condições para avançar nos temas sociais e políticos do Haiti".

Ainda de acordo com o jornal, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, e o colega uruguaio, Luis Almagro, tiveram reuniões separadas com o presidente haitiano, Michel Martelly, na quarta-feira (27) para falar sobre o tema.

Na mesma tarde, o Congresso haitiano aprovou a reforma eleitoral, requisito crucial para a realização das eleições para o Senado.

Com Folha de S. Paulo