Partidos não querem filiação de Joaquim Barbosa

As eventuais pretensões políticas do presidente do Supremo Tribulan Federal (STF), Joaquim Barbosa, não encontram espaço em 2014 em 32 dos partidos políticos, revela pesquisa feita pelo jornal O Estado de S. Paulo; mostra também que oito siglas disseram precisar discutir a filiação de Barbosa para concorrer ao Planalto, e apenas sete, de pequeno porte, poderiam abrir as portas para ele. O PT não respondeu ao levantamento.

A intenção de se engajar na política foi revelada pelo próprio Barbosa, em outubro, durante um evento no Rio. A lei garante ao magistrado a possibilidade de se filiar a uma legenda até seis meses antes da eleição, no dia 5 de abril do ano que vem.

Desde que assumiu a relatoria da Ação Penal 470 e, em seguida, a presidência do STF, Barbosa agradou ao establishment e surgiu como uma alternativa à direita para afastar do poder o PT e o campo democrático, popular e patriótico, entre os quais o PCdoB.

Ironicamente, ele foi indicado ao cargo por Lula, mas Barbosa assumiu o primeiro lugar da fila dos inimigos do partido, redigindo e interpretando um relatório duro no julgamento da Ação Penal 470 (o chamado "mensalão"). No momento de aplicar as penas, foi ainda mais extremista, qualificando como de importância 01, 02 e 03 os condenados José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares – em resumo, a primeira geração de líderes do PT.

Sua candidatura à presidência, contudo, não é aceita por partidos que vão da base do governo à oposição neoliberal. O presidente do PPS, deputado Roberto Freire, foi categórico ao negar a possibilidade dessa filiação: "Essa filiação para uma candidatura não nos interessa", disse. 

A deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE), vice-presidente nacinal do PCdoB, também foi clara na rejeição dos comunistas ao nome do presidente do STF: "Não me parece que o Joaquim Barbosa tenha alguma afinidade com os comunistas", disse. Rui Falcão, presidente do PT, foi direto: "O PT não faz comentários sobre esse assunto", disse. Marcos Pereira, presidente do PRB, foi lacônico e respondeu à possibilidade de filiação com um curto e sonoro "não".

Com agências