Piñera quer que direita reflita sobre derrota eleitoral no Chile

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, chamou a Aliança da direita chilena a refletir e assumir sua responsabilidade nos magros resultados das recentes eleições. Em entrevista para a emissora de TV Mega expressou que a direita tem muito que aprender com o que ocorreu no primeiro turno das eleições, no qual a candidata presidencial da Aliança, Evelyn Matthei, conseguiu apenas 25% dos votos, enquanto a ex-presidenta Michelle Bachelet, da Nova Maioria, recebeu 47%.

Piñera quer que direita reflita sobre derrota eleitoral no Chile - Gobierno de Chile/Divulgação

Prestes a perder seu posto, Piñera também falou sobre os compromissos que a direita deve ter com temas essenciais do país: "É fundamental que a centro-direita assuma de forma categórica e definitiva um compromisso bem mais forte com os direitos humanos, com a igualdade de oportunidades, com a justiça social, com a proteção dos consumidores, com a proteção dos trabalhadores", 

O preseidente reconheceu o péssimo desempenho de seu partido político no primeiro turno das eleições: "Quando alguém tem um resultado que não foi o que esperávamos nem o que queríamos  – nossa candidata ficou com 25% – este tem que pensar qual é sua quota de responsabilidade, e o pensamos, mas não quero dizer isso a duas semanas da eleição, porque não quero que seja utilizado contra nossa candidata", manifestou.

O governante considerou que a principal responsabilidade das campanhas corresponde aos partidos. "Digo isto porque vejo alguns dirigentes de partido que lavam as mãos como se não tivessem nada que ver (…) Há alguns que ameaçam realizar 'a noite das facas longas', e eu digo: 'Cuidado', porque quem tem aqui a liberdade para atirar a primeira pedra?", exclamou Piñera.

Apesar dos resultados do primeiro turno, o presidente estimou que a votação de 15 de dezembro deve arrojar resultados mais equilibrados e que Matthei conseguirá capitalizar um maior número de votos de eleitores que valorizem o que ele qualifica de avanços econômicos do seu governo.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina