Coreia do Sul anuncia alerta militar máximo

A cúpula militar sul-coreana decidiu manter o Exército em alerta máximo diante das possíveis mudanças na Coreia Popular, depois do anúncio da destituição de Jang Song-thaek, considerado como a segunda figura mais poderosa de Pyongyang.

Durante o encontro bianual de altos comandantes militares das Forças Armadas sul-coreanas levada a cabo na terça-feira (3) em Seul, capital da Coreia do Sul, foram discutidas as possíveis modificações na política da Coreia Popular e a possível instabilidade depois da renúncia de Jang Song-thaek, tio do líder, Kim Jong-un.

Participaram na reunião 140 oficiais, entre eles o ministro da Defesa, Kim Kwan-jin, e o chefe do Estado Maior Conjunto, Choi Yun-hee, que se concentraram, sobretudo, no caso da destituição de Jang Song-thaek.

"Devido à recente mudança (na Coreia Popular), levantam-se as vozes que dizem que os militares sul-coreanos devem preparar-se não só para possíveis provocações, mas também para um combate", revelou um alto oficial do Exército sul-coreano na condição de anonimato.

Segundo a fonte, a cúpula militar sul-coreana teme que a destituição do número dois de Pyongyang, dê mais poder ao atual líder do país e isso conduza à instabilidade na Coreia Popular.

Os altos comandantes do Exército sul-coreano manifestaram sua vontade para fazer avançar os sistemas de defesa de mísseis do país e adquirir novos satélites de vigilância para responder ao que chamam de crescente ameaça dos mísseis e ao programa nuclear da Coreia Popular.

Na terça-feira, os serviços de espionagem sul-coreanos anunciaram que Jang Song-thaek, vice-presidente da poderosa Comissão Nacional de Defesa do Partido dos Trabalho da Coreia, tinha sido destituído de suas funções.

Com agências