Senadores buscam solução em favor dos Soldados da Borracha 

Em reunião prevista para a próxima terça-feira (10), senadores da Amazônia vão buscar acordo que possa atender as demandas dos chamados Soldados da Borracha. Eles lutam pela equiparação de seus benefícios aos dos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutaram na Europa durante a 2ª Guerra. No início do conflito, eles foram recrutados para trabalhar como seringueiros na Amazônia, contribuindo para o esforço de guerra. 

O comunicado sobre a reunião foi feito pelo relator da matéria, senador Aníbal Diniz (PT-AC), durante audiência pública destinada a debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Soldados da Borracha. Essa proposta originária da Câmara dos Deputados propõe compensações aos soldados da borracha. Aníbal, que é o relator do texto, também foi o propositor da audiência.

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A PEC já aprovada na Câmara eleva o benefício atual, de R$1.356,00, para R$1.500,00. Porém, desvincula o valor do índice de correção do salário mínimo. Se equiparados aos expedicionários, eles estariam recebendo mais de R$4 mil mensais. Pela proposta, os seringueiros e pensionistas ainda receberiam uma indenização no valor de R$25 mil.

A proposta, de autoria da então deputada Vanessa Grazziotin, hoje senadora pelo PCdoB do Amazonas, é defendida pelo diretor jurídico do Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros de Rondônia, Antônio Augusto Souza Dias. Ele disse que o governo, ao invés de apoiar essa proposta, articulou com seu líder na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o texto que foi aprovado e encaminhado ao Senado.

Aníbal Diniz afirmou que acordo no Senado dificilmente contemplará os mesmos benefícios da PEC original. "Não posso vender essa ilusão. Se ela for votada nesses termos, acabará sendo vetada e tudo voltará à estaca zero", afirmou o relator.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado