Desde 2002, pobreza na América Latina caiu 15,7 pontos percentuais 

De acordo com projeções divulgadas, no dia 5 de dezembro, no relatório 'Segundo Panorama Social 2013', da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Venezuela, Equador e Brasil lideram o ritmo de redução da pobreza entre os países da América Latina. 

O estudo mostra que a proporção de brasileiros considerados pobres ou extremamente pobres se reduziu pela metade entre 2005 e 2012, de 36,4% para 18,6% – os chamados indigentes foram de 10,7% para 5,4%. 

A pesquisa ainda aponta que, entre 2011 e 2012, o Brasil conseguiu uma redução de 2,3 pontos na proporção de pobres, o que o coloca entre as nações que melhores resultados alcançaram no ano passado. Significa dizer que 48 milhões de brasileiros, ou 24% da população, permanecem nestas duas faixas sociais. Na Venezuela a taxa caiu 5,6 pontos, de 29,5% a 23,6%, enquanto no Equador o recuo foi de 3,1 pontos, de 35,3% para 32,2%.

Foi verificado que o México possui a pior variação em termos totais, o que se traduzui no ganho de 1 milhão de pobres em 2012. A pobreza se manteve estável na Costa Rica (17,8%), em El Salvador (45,3%), no Uruguai (5,9%) e na República Dominicana (41,2%). Houve redução nos níveis de Peru (27,8% a 25,8%), Argentina (5,7% a 4,3%) e Colômbia (34,2% a 32,9%).

É interessante pontuar que o relatório recorda que a redução dos níveis de pobreza avançou graças ao novo ciclo de investimentos sociais implementado na última década e após a superação dos pressupostos firmados no famigerado Consenso de Washington.

Crescimento econômico

Por outro lado, o estudo Panorama Social da América Latina 2013 indica a moderação do crescimento econômico da região e a alta nos preços de alimentos como principais fatores para explicar esse ritmo mais lento.

"Desde 2002 a pobreza na América Latina caiu 15,7 pontos percentuais e a indigência 8 pontos, mas os números recentes mostram uma desaceleração", disse a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, ao apresentar o relatório, em Santiago, no Chile.

Para Bárcena o momento é de impulsionar uma nova arrancada com a tomada novas medidas. "O único número aceitável de pessoas vivendo na pobreza é zero, pelo que chamamos aos países a levar a cabo uma mudança estrutural nas suas economias para crescer de forma sustentada com maior igualdade", disse Bárcena.

Da Redação em São Paulo
Com informações da Rede Brasil Atual