Exército colombiano é acusado de realizar prisões arbitrárias

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) voltam a acusar o Exército nacional colombiano de realizar prisões arbitrárias. Segundo as Farc, as Forças Armadas voltaram a realizar as habituais prisões massivas de camponeses e opositores políticos do governo, segundo os guerrilheiros, "no melhor estilo urubista”, referindo-se ao ex-presidente Álvaro Uribe.

A acusação se baseia na prisão de pelo menos 12 pessoas acusadas de pertencerem à guerrilha ou de serem possíveis informantes, na província de Huila, no sudoeste do país.

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De acordo com a entidade, as pessoas injustamente presas são levadas pelo exército e apresentadas à imprensa, "que é cúmplice do Exército”, como sendo parte da guerrilha, sendo, logo em seguida, encarceradas. "Os processos duram vários meses e até anos, sem se importarem com os danos causados às pessoas presas injustamente e às suas famílias. Após muito tempo, como de costume, essas pessoas são liberadas por falta de provas”, afirmam os guerrilheiros.

Entre os presos mais recentes estão: o agricultor, José Ermidez Amaya Macías, acusado de fazer parte das Farc; Arturo Venegas, apelidado de ‘O Velho’, pelo exército; e Alejandro Cardozo. O exército nacional afirma ter provas concretas, colhidas durante cerca de 20 anos de investigação, contra essas pessoas.

Além das prisões, há a denúncia de testemunhas da cidade de Aipe, localizada ao norte da província de Huila, de que, no mês passado, o Exército nacional chegou atirando, sem nenhum aviso, e como resultado dessa ação dois homens morreram, os quais foram prontamente acusados de serem guerrilheiros. Além disso, uma criança, Didier Alexander Clavijo, também foi vítima fatal dos disparos. De acordo com os pais, o garoto brincava na rua no momento em que o Exército chegou atirando.

Fonte: Adital