Vila Velha e o prefeito navegante 

 Para ganhar uma eleição, políticos  sem compromisso com o interesse publico, sem  sensibilidade para com o sofrimento do povo fazem promessas mirabolantes, apenas para ganharem o apoio dos sofridos cidadãos e cidadãs,  que na esperança de verem seus problemas resolvidos acreditam  naquele candidato que é capaz de convencer que suas promessas são realizáveis.

 Para ganhar uma eleição, políticos  sem compromisso com o interesse publico, sem  sensibilidade para com o sofrimento do povo fazem promessas mirabolantes, apenas para ganharem o apoio dos sofridos cidadãos e cidadãs,  que na esperança de verem seus problemas resolvidos acreditam  naquele candidato que é capaz de convencer que suas promessas são realizáveis.

Em Vila Velha, a maioria dos eleitores foi iludida e agora convive com a realidade nua e crua de que um dos maiores problemas do município, os constantes alagamentos, não pode ser resolvido por promessas vãs de candidatos travestidos de políticos sérios.

Em época de seca, navegar pelos canais fétidos, cheios de esgoto e entulhos, como fez o atual prefeito, pode servir como marketing, mas não resolve nada. É só vir a primeira chuva mais forte para que os rios e riachos abandonem seus leitos e transformem a cidade em uma imensa e poluída lagoa, como mostra a foto que acompanha essa matéria. Mas nessa hora – a mais necessitada – não encontraremos o prefeito navegante.  E  ainda por cima teremos que ver e ouvir, indignados, nas TVs, rádios e jornais, a propaganda da administração sobre seus grandes feitos para acabar com os alagamentos.  É, no mínimo, uma brincadeira de mau gosto e uma pilheria com o sofrimento alheio.

Vila Velha é um município de topografia predominantemente plana, com inúmeros cursos d’água que nascem dentro de seu próprio território. Estes rios deságuam no mar e são os “sangradouros” naturais de seus manguezais, lagoas e brejos e também da água da chuva. Mas quando ocorrem chuvas torrenciais, este sistema natural de escoamento não dá conta e várias partes do município ficam alagadas. Essa situação só se agrava com o assoreamento, a falta de limpeza dos canais, a falta de infraestrutura de drenagem e a ocupação urbana  em áreas muito sujeitas a inundações, boa parte delas abaixo do nível do mar. 

A solução não é fácil, não é barata e nem rápida. E  não existe uma única solução mágica.  Depende de um conjunto de medidas, que vão desde obras de drenagem, limpeza permanente dos canais, reordenamento urbano, mudança de  hábitos da população, entre outras. Tamanha é a complexidade, que qualquer candidato que prometer que solucionará o problema em sua gestão,  estará mentindo descaradamente.