Presidente da Ucrânia inicia na terça visita oficial à Rússia

A informação foi difundida nesta segunda-feira (16) pelo serviço de imprensa do chefe de Estado, imediatamente após concluída uma reunião do partido das Regiões, de Ianukovitch, com o premiê, Nikolai Azárov.

Em declarações ao vivo à emissora de televisão Inter, Azárov informou que em Moscou será assinado um pacote de documentos que não constituem segredo de Estado, são totalmente abertos, enfatizou, no meio de rumores propalados pela oposição recalcitrante.

Disse também que não foi analisado por ambos governos um eventual acordo com a União Alfandegária, integrada por Rússia, Belarus e Cazaquistão, uma versão utilizada por líderes dos partidos Batkivchtchina, Udar (Golpe) e Sbovoda (Liberdade) como pretexto para manter a pressão midiática e o termômetro alto dos protestos antigovernamentais.

Azárov detalhou que as partes assinarão uma projeto com o fim de eliminar as diferenças relacionadas ao comércio bilateral.

Outro acordo está relacionado ao setor de gás, pois as reduções de importação do combustível geraram perdas para nossa parte inclusive, argumentou o chefe de gabinete.

Disse que existe entendimento entre Kiev e Moscou na necessidade de regularizar a situação em torno dos preços do gás russo importado pela Ucrânia, pois as tarifas são consideradas demasiado elevadas pelo Executivo.

Azárov afirmou que poderiam ser estabelecidos preços ao nível das tarifas vigentes para a Europa, mas será uma decisão para os presidentes no encontro de alto nível, dimensionou.

Quero que os telespectadores saibam bem que estes documentos passaram por uma revisão do governo e que não há nenhum relacionado à União Alfandegária, são versões inventadas, pura especulação, afirmou o premiê.

Mas não escondemos que nossa opção é a integração europeia, afirmou em seguida Azárov.

A Ucrânia tem intenção, também, de retomar as negociações com a Rússia em torno da criação de um consórcio tripartite do gás, com participação europeia, segundo anunciou o titular da pasta.

Fonte: Prensa Latina