Vanessa Grazziotin condena doações de empresas a candidatos 

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) considera acertados os votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) favoráveis ao fim das doações de pessoas jurídicas a campanhas eleitorais. A Corte julga uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que questiona regras para doações de empresas a campanhas e partidos políticos. Quatro ministros já se posicionaram contra as doações, mas a decisão sobre o assunto ficou para o próximo ano por causa de um pedido de vista do processo. 

Para Vanessa, a prática de grandes empresas financiarem campanhas políticas resulta em uma relação não saudável entre o poder econômico e os parlamentares e chefes do Executivo. “Grande parte ou mesmo a totalidade de nós temos que recorrer a esse tipo de financiamento, mas eu adoraria não ter que recorrer”, disse.

A senadora considera exorbitantes os gastos com as campanhas na televisão, que muitas vezes “custam mais do que a produção de um filme para cinema”. Para ela, basta que o candidato vá à televisão e fale das suas propostas, dispensando as superproduções que consome milhões em dinheiro. Para que isso? Indaga.

Para Vanessa Grazziotion, a população brasileira deve perceber que o tema em votação no Supremo é de grande relevância para acabar com a corrupção do país. “Não adianta nada falar de combate à corrupção se não tomarmos medidas efetivas para, na prática, combater a corrupção. Punir um ou outro é muito importante e deve ser feito sim, mas isso não é suficiente. Temos que buscar propostas que acabem com a corrupção na raiz”, defende a senadora.

Na opinião da senadora, se for mantida a possibilidade de doação a campanhas eleitorais, os recursos devem ser enviados a um fundo, que financiaria de forma igualitária todos os candidatos.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado