PSB e Rede realizam ato político e de filiação eleitoral na Bahia

Menos de um mês após pedir aposentadoria, a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, que se aposentou na terça-feira (17), oficializou nesta quarta-feira (18) a sua filiação simbólica à Rede Sustentabilidade, movimento em que a ex-senadora Marina Silva tentou, sem sucesso, criar como partido este ano.

Eliana Calmon teria de se aposentar compulsoriamente no ano que vem, ao completar 70 anos, e decidiu antecipar a aposentadoria para poder disputar as eleições de 2014.

Já nesta quinta-feira (19), o Partido Socialista Brasileiro (PSB) realizou no Espaço Unique (na Avenida Tancredo Neves), em Salvador (BA) um ato político para receber a filiação oficial da ex-magistrada.

O evento, que contou com a presença do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, e da ex-senadora Marina Silva, além de militantes do partido e da Rede, serviu para consolidar as outras candidaturas da legenda para o ano que vem.

Entre elas, estava a da senadora Lídice da Mata ao governo da Bahia, sacramentando a definitiva separação da base do governador do estado, Jaques Wagner (PT).

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, apareceu como líder de um dos grupos da oposição e falou como candidato a presidente. Declarou que a atual aliança em torno de Dilma Rousseff “já deu o que tinha que dar”. Disse que “respeita” a presidenta Dilma, mas que é preciso “mudar”. Além disso fez alusões à necessidade de “democratizar”.

Eduardo Campos lidera uma das coalizões de oposição ao governo Dilma Rousseff. Unido a Roberto Freire (PPS) e a Marina Silva (Rede), tenta apresentar-se como alternativa viável.

Realiza entendimentos com o senador Aécio Neves, candidato do PSDB, buscando um pacto de não agressão e apoios mútuos para candidatos a governadores em alguns estados. Eduardo Campos e Aécio tentam calibrar o discurso oposicionista, cada um alimentando a esperança de chegar ao segundo turno para enfrentar a presidenta Dilma.

O governador pernambucano disse que Marina Silva foi “injustiçada” . A ex-senadora fez seu tradicional discurso de que o atual modelo de governo “se transformou na simples manutenção de poder eleitoral, valorizando a subversão do modelo puramente democrático de representatividade”.

Com agências