Publicado 23/12/2013 10:57 | Editado 04/03/2020 16:27
O Programa Bolsa Família (BF) injetou na economia R$ 2,1 bilhões para mais de 13,8 milhões de famílias, em todo o País, até 31 de outubro de 2013 (MDS, 2013). Isto representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), um feito e tanto, que tem que ser comemorado, independentemente de partido e ideologia.
Finalmente, a tão decantada distribuição de renda, receitada há décadas, por sociólogos, economistas e intelectuais em geral, é uma realidade que, de hoje em diante, tem que ser assumida como prioridade no combate à miséria, por quem deseje governar o Brasil.
No Ceará, 1.091.637 famílias recebem R$ 167.359.662,00, com o valor médio do benefício de R$ 152,3, atendendo 44,68% da população (MDS, 2013).
O Programa Bolsa Família, que destina recursos para famílias com renda per capita entre R$ 70 e R$ 140, tem exigências a cumprir pelos beneficiários quanto à frequência de crianças e jovens à escola e acompanhamento de saúde de gestantes, nutrizes e crianças. O Programa, além de permitir, emergencialmente, socorrer milhões de brasileiros que passam fome e todo tipo de privação, vem contribuindo para levar para a escola 86,82% de crianças e jovens, e reduzir a mortalidade infantil e de gestantes. Não é pouca coisa.
Não podemos dizer que o BF retirou da miséria o contingente de milhões de brasileiros que recebe a ajuda mensal. A miséria será vencida quando, finalmente, os usuários se capacitarem para o trabalho e forem absorvidos pelo mercado, prescindindo do apoio governamental. Isto requer o envolvimento de todos os prefeitos e governadores na oferta de qualificação, e disponibilização de atendimento dos analfabetos adultos em instituições de ensino. Todos os governos precisam abraçar o Programa Brasil Sem Miséria, de forma permanente, para o avanço social, econômico e político do País.
Para a economia, o BF gera um círculo virtuoso, como nunca visto na história do Brasil. O fato acontece porque, com 13,8 milhões de famílias a mais com dinheiro para comprar, o consumo aumenta; as empresas para produzir mais têm que contratar mais, gerando mais empregos, elevando a arrecadação pelo Governo Federal. Este feito econômico, nenhum governo, político e cidadão pode desconhecer.
*Fátima Vilanova é Doutora em Sociologia e secretária executiva da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, da CNBB NE I
Fonte: O Povo
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