Especialistas retomam discussão sobre programa nuclear do Irã

A terceira rodada de encontros deste tipo, iniciado em 9 de dezembro, se centrará na possibilidade de estabelecer ações para pôr em prática o histórico acordo atingido em Genebra no dia 24 de novembro deste ano.

Teerã busca um levantamento parcial das duras sanções econômicas impostas pelo Ocidente ao longo de quase uma década, sob o pretexto de evitar que o país persa desenvolva uma arma nuclear, uma acusação fortemente recusada pelos Irã.

Em troca, as nações do sexteto propuseram que a república islâmica produza urânio enriquecido somente a cinco por cento, enquanto as reservas armazenadas desse material a 20 por cento devem ser reduzidas a cinco ou eliminadas.

O histórico acordo também se refere ao acesso a centros nucleares de investigação, ao regime de inspeções de especialistas do Organismo Internacional de Energia Atômica e à restrição à instalação de mais plantas centrifugadoras, entre outras medidas.

Após quatro dias de negociações técnicas, no último dia 13, Teerã anunciou sua retirada dessa primeira rodada depois de conhecer a decisão do Congresso estadunidense de aprovar sanções contra 30 pessoas e empresas vinculadas ao comércio com o Irã.

Uma segunda rodada de conversa de especialistas aconteceu nesta cidade suíça de 19 a 22 deste mês e nesta ocasião espera-se que o diálogo não passe de hoje para se retomar os encontros em janeiro.

Fontes próximas às negociações anunciaram que a intenção é conseguir um acordo detalhado das medidas a serem aplicadas no terreno, antes de finalizar o próximo mês.

Para o Irã, a questão em torno de seu programa atômico foi criada artificialmente pelos Estados Unidos e várias potências ocidentais que chegaram a ameaçar a atacar o país persa.

Fonte: Prensa Latina