Irã e G5+1 anunciam data para aplicação do acordo nuclear

Irã e o Grupo 5+1 determinaram 20 de janeiro como a data para a aplicação do acordo nuclear alcançado no passado 24 de novembro, em Genebra, Suíça. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (1º/01) pelo chefe da equipe persa nas negociações, Hamid Baidinejad, ao afirmar que esta data foi ratificada pelos diretores políticos das duas partes.

O diplomata persa assinalou também que, devido às férias de Natal e a uma reunião a ser realizada na próxima semana, entre o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Sayed Abbas Araqchi, e a secretária-geral adjunta para Assuntos Políticos da União Europeia (UE), Helga Schmid, é possível adiar o prazo por alguns dias.

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Ainda assim, Baidinejad desestimou as recentes declarações de uma porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Marie Harf, que alegou que ainda não se finalizou o plano para a implementação do acordo alcançado entre o Irã e o G5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China, membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e a Alemanha).

Os negociadores das duas partes, declarou, já tinham completado seus estudos e apresentado a versão final dos diretores políticos de alto nível. Na segunda-feira (30/12), os especialistas iranianos e os do sexteto colocaram em marcha uma nova rodada de diálogos para elaborar um mecanismo no marco da aplicação do acordo provisional.

O chanceler persa, Araqchi, indicou que os diálogos se realizam com “avanços relativamente bons”, mas ressaltou que algumas questões devem ser resolvidas “a nível político”.

Segundo o acordo provisional anunciado no final de novembro, o Irã aceitou a redução do seu programa nuclear durante seis meses e permite a inspeção internacional a mais instalações, enquanto o Ocidente comprometeu-se com um alívio limitado das sanções que impõe contra o país.

A Rússia, que vem se destacando na defesa da diplomacia em detrimento da agressão, em casos como o persa e o sírio, disse que pode ser de maior apoio à questão, principalmente a partir desta quarta, quando assumiu a presidência do Grupo dos 8 (G8), o controverso fórum de governos das oito maiores economias e maiores índices de desenvolvimento humano do mundo (excluídos o Brasil, a Índia e a China).

Da redação do Vermelho,
Com informações da HispanTV