Explosões matam 26 e levantam suspeita de terrorismo na Rússia

Duas explosões em uma estação de trem e a de um ônibus mataram ao menos 26 pessoas dentro de 24 horas na cidade de Volgograd, no sul da Rússia, neste domingo (29) e nesta segunda-feira (30). No primeiro, ao menos 17 pessoas morreram, de acordo com um Comitê de Investigação do governo, que encaminha os trabalhos enquanto o país prepara-se para receber os Jogos Olímpicos em fevereiro, em Sochi, na região norte do Cáucaso, a cerca de 700 quilômetros de Volgograd.

Explosões na Rússia - Reuters

O primeiro ataque foi perpetrado por um suicida na estação de trem da cidade sulista, neste domingo à tarde. Mais de 3 pessoas estão hospitalizadas em consequência da primeira explosão, algumas em estado grave, o que pode levar o número de vítimas fatais a aumentar.

De acordo com a agência russa de notícias RIA Novosti, o governo do presidente Vladimir Putin planejava aprofundar os procedimentos de segurança a partir do dia 7 de janeiro.

O segundo aconteceu na mesma cidade e matou 15 pessoas e ferindo mais de 20, levantando a sombra das suspeitas de terrorismo pouco mais de um mês antes do início dos Jogos Olímpicos em Sochi, que o governo de Putin vem trabalhando para proteger com algumas das medidas de segurança mais extensivas já aplicadas nos Jogos.

O Comitê Investigativo está analisando as duas explosões como ataques terroristas. Um dispositivo explosivo pode ter sido plantado no ônibus que foi detonado nesta segunda, de acordo com um relatório citado pelo Comitê Nacional Anti-Terrorismo russo.

Segundo a mídia internacional, a ameaça enfrentada é posta por uma insurgência islamista radical no norte do Cáucaso, que tem periodicamente se esparramado para dentro do território russo, com resultados fatais. Autoridades russas atribuíram a explosão do domingo a uma bomba empacotada com estilhaços, possivelmente carregada em uma mochila.

O porta-voz da principal agência nacional de investigação criminal classificou a explosão na estação de trem de “um ato de terror”, embora a motivação exata, o alvo e o perpetrador ainda não estejam claros.

Volgograd também foi cenário de outra explosão suicida em outubro, quando uma mulher identificada como Naida Asiyalova detonou um colete dentro de um ônibus na cidade, matando a si mesma e outras seis pessoas.

Naida foi classificada pela ligação com um grupo islamista do Daguestão – uma divisão federativa russa, uma das maiores no norte do Cáucaso – que tem bandeira separatista muçulmana.

Ainda não está claro o motivo da escolha de Volgograd, uma cidade de um milhão de habitantes, a mais próxima das grandes cidades russas ao norte do Cáucaso.

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências