Paraguai: famílias desalojadas “por engano” continuam na rua

Foi durante o governo de Federico Franco, o presidente que assumiu logo após o Golpe Parlamentar. As casas e cultivos foram arrastados com tratores. O Indert (Instituto equivalete ao Incra no Brasil) denuncia que as famílias foram desalojadas devido a um erro. Há documentos que provam, a propriedade pertence aos camponeses, mas passados seis meses, ainda não puderam voltar.

famílias desalojadas no Paraguai

Em meados de 2013 na Colônia São Miguel, no distrito do Mbaracayú no Paraguai foram desajoldas famílias campesinas de terras que foram ajuizadas legalmente pelo Indert. Atualmente as famílias atingidas ainda vivem às margens do terreno de 28 hectares em condições precárias. Enquanto isso, há um processo intitulado como Lote 67 que reclama as terras para os camponeses.

“O Indert vai fazer todo o possível para a reivindicar seus direitos sobre o Lote Nº 67, e sobretudo, não declinará seu alto compromisso com os setores sociais vulneráveis, a quem realmente corresponde essas terras”, assegurou o presidente do instituto Justo Cárdenas.

O despejo das 15 famílias ocupantes do terreno foi feito com muita violência em junho do ano passado. Todas as casas e plantações foram destruídas com tratores e as pessoas praticamente jogadas à beira da estrada.

A assessoria jurídica do Indert defende que a ação utilizada para o despejo provavelmente se tratava de um terreno na região, mas não exatamente o lote 67. Este pertence ao Indert e há documentos que comprovam a propriedade.

“É indignante que essas famílias de compatriotas tenham sido violentamente desalojadas de terras que ocupavam legalmente por ordem judicial”, justificou o presidente do Indert.

Há uma resolução favorável ao Indert, foi emitida em 5 de dezembro de 2013, no entanto, a parte que reclama as terras recorreu e as famílias seguem vivendo em condições subumanas.

Fonte: E'a