Chanceler da China reafirma apoio à África em visita oficial

Terminou neste sábado (11) uma visita de cinco dias do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Li, ao continente africano. O envolvimento chinês na África é visto como uma nova empreitada geoestratégica por alguns críticos, mas o chanceler afirmou: "Os fatos que comprovam a assistência chinesa aos países africanos refutam todas as acusações falsas contra a China."

Chanceler da China e presidente do Senegal - Xinhua / Tai Jianqiu

Entre os dias 6 e 11 de janeiro, o chanceler chinês, Wang Yi, fez visitas à Etiópia, à República do Jibuti (ou Djibouti), Gana e Senegal. Durante a sua estadia, ele reuniu-se com os representantes nas negociações das duas partes, nos conflitos do Sudão do Sul.

Quanto à viagem de Wang Yi pelos quatro países africanos, para especialistas, a visita aumentou a confiança mútua amistosa e a cooperação entre a China e os países africanos e consolidou o "fulcro estratégico" da diplomacia chinesa.

Leia também:
China aborda conflitos na África e critica ingerência externa

Para a diplomacia chinesa, as relações sino-africanas têm desempenhado o papel do "fulcro estratégico". Desde 1991, uma tradição da diplomacia chinesa é que o chanceler chinês escolha um país africano como o destino da sua primeira visita de Ano Novo. Isso demonstra a atenção da China à África e a estima daquele país para com a amizade tradicional sino-africana.

O diretor do Instituto de Questões Internacionais da China, Qu Xing, afirmou que a expansão desta tradição transmitiu, claramente, um sinal de que a China continuará dedicando atenção ao desenvolvimento das relações com os países africanos.

Mediações a apoio

Entre as questões mais sensíveis ligadas à violência e aos conflitos armados, a China tem emitido declarações e oferecido apoio a esforços de mediação nos casos da República Centro-Africana e do Sudão do Sul.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, apelou nesta segunda-feira (13) às diversas facções políticas da República Centro-Africana para que levem em consideração os interesses do povo e façam mais esforços para defender a estabilidade social e a unidade nacional.

Segundo a porta-voz, a China está muito atenta à situação da República Centro-Africana e espera que o novo governo de transição do país possa entrar em funcionamento o mais breve possível.

A China quer fornecer uma maior ajuda ao país, junto com a comunidade internacional, para ajudar na promoção de uma paz permanente e no seu desenvolvimento econômico, acrescentou a porta-voz chinesa.

Além disso, a pesquisadora da Academia de Ciências Sociais da China, He Wenping, assinalou que o encontro entre Wang Yi e os representantes de negociações dos dois lados nos conflitos do Sudão do Sul visa ajudar a recuperação da paz e estabilidade do Sudão do Sul o mais rápido possível, e o reinício do processo da reconstrução do país.

O ministro Yi disse que, apesar de ser um país em desenvolvimento, a China vai dar todo o apoio ao seu alcance para o desenvolvimento econômico, cultural e social da África.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Rádio China Internacional