Corrupção em governos tucanos é maior do que mostra a mídia
Em entrevista ao jornalista Luiz Carlos Azenha, publicada no Viomundo, o líder do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, Luiz Claudio Marcolino, informou que faltam apenas 4 votos para conseguir abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito que objetiva investigar o escândalo envolvendo as propinas pagas pelas empresas Siemens e Alstom a integrantes de governos paulistas.
Da Rádio Vermelho com informações do Viomundo
Publicado 27/01/2014 16:31
O esquema vem sendo denunciado pela bancada petista desde 2008. Foram 15 representações ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal. De acordo com o deputado, a corrupção em governos tucanos é maior do que mostra a mídia.
O parlamentar ainda lembrou que existem hoje três investigações da Polícia Federal em andamento que estão de alguma forma interligadas. Além da apuração das propinas pagas nas licitações do Metrô e da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – há as resultantes das operações Fratelli e Castelo de Areia.
A primeira é relativa a deputados que teriam oferecido emendas parlamentares em troca de favores do grupo Scamatti, a chamada Máfia do Asfalto.
A segunda, anulada pelo Superior Tribunal de Justiça, mas que ainda depende de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, tratou de um esquema de corrupção envolvendo a empreiteira Camargo Corrêa.
Marcolino afirmou que, além da criação da CPI, uma investigação ampla desses escândalos poderia rever todos os processos licitatórios que estão sob suspeita no estado de São Paulo, envolvendo contratos na casa de R$ 40 bilhões.
Durante a entrevista, o parlamentar rejeitou a justificativa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na qual o tucano externou que o propinoduto tenha abastecido apenas funcionários de carreira em cargos importantes.
“Entendemos ser necessário o afastamento para garantir que as investigações sejam feitas de forma transparente, sem constrangimentos ou risco de extravios de documentos”, explicou Marcolino recentemente, em nota.
Ouça a entrevista na Rádio Vermelho: