Maduro: Celac revela que é possível trilhar um caminho próprio
Em seu discurso no encerramento da 2ª Cúpula da Celac, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, destacou o sucesso desse organismo em agregar os 33 países da região e firmar acordos comuns mesmo com as diferenças ideológicas existentes entre as nações. "É preciso fazer a grande política", afirmou.
Publicado 29/01/2014 16:48

Contra “todos os que apostaram na nossa divisão, que apostaram na intriga e anunciavam o fracasso deste objetivo”, estamos aqui hoje reunidos nesta segunda cúpula. E ponderou: “parecia impossível e este é um grande medo dos velhos colonialistas”.
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Maduro, que ajudou na construção da Celac enquanto chanceler do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, ressaltou que “a América Latina e o Caribe estão demonstrando que é possível trilhar seu próprio caminho com base nas posturas ideológicas que cada um defende”.
“A Celac tem que ser um espaço para a realização da grande política, que supõe um aprendizado permanente, o convívio com nossas diferenças, que possamos processá-la e aceitá-las. (…) E a Celac é a grande política neste século 21”.
Sobre questões práticas do bloco, o venezuelano defendeu o fim da burocracia e a criação de um método de trabalho permanente por parte de todos os presidentes.
O mandatário venezuelano saudou a declaração da região da Celac como Zona de Paz e manifestou apoio ao presidente colombiano Juan Manuel Santos nos Diálogos de Paz travados com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc): “Estamos seguros de que se chegará a um termo seguro nos diálogos de paz”.
Definitiva independência
“Queremos ratificar a necessidade de que América Latina e o Caribe lutem para encerrar a colonização em todo o nosso território. Por isso saudamos a resolução que adotou o conceito de conseguir que este seja um território livre de colonialismo e colônias. Temos que acabar com os velhos enclaves e formas de colonialismo em suas distintas formas, inclusive o colonialismo cultural que nos leva ao culto às drogas e a cenários de violência ou colonialismo financeiro e econômico com o objetivo de controlar nossa riqueza”.
Em solidariedade à Argentina, Maduro enfatizou que a colonização mantida pela Grã-Bretanha às ilhas Malvinas tem que acabar. Da mesma forma, argumentou que não se justifica a manutenção da Base Naval de Guantánamo em Cuba, pelos Estados Unidos: “Com o apoio da Celac pedimos que os Estados Unidos se retirem de lá e devolva o território a Cuba”.
Maduro ressaltou ainda o caráter latino-americano e caribenho de Porto Rico e manifestou desejo de que o hoje protetorado dos Estados Unidos possa se integrar, em breve, à Celac.
Da Redação do Portal Vermelho,
Vanessa Martina Silva