Ministro de Israel negocia com colonos ocupação na Cisjordânia
Um palestino submeteu uma petição à Suprema Corte de Justiça de Israel para obrigar o ministro da Defesa, Moshe Ya’alon, a revelar os acordos que fez em uma reunião a portas fechadas para uma construção ilegal próxima à sua vila, Amatin, na Cisjordânia.
Publicado 29/01/2014 16:08

O palestino, cujo nome não foi revelado pelo jornal israelense Ha’aretz, autor da matéria sobre o apelo, foi respaldado pelo grupo de defesa dos direitos humanos Yesh Din, e pretende descobrir o que o ministro disse ao Conselho Regional de Shomron sobre o “posto avançado” (a colônia ilegal israelense) de Havat Gilad, ao sul da cidade palestina Nablus.
Em 2012, “o mesmo palestino”, escreve o Ha’aretz, apelou diante da corte exigindo que o Estado israelense evacuasse diversas estruturas construídas ilegalmente em sua terra privada. As estruturas foram demolidas em julho de 2013, mas novas construções foram logo realizadas.
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De acordo com o Ha'aretz, a representação do Estado de Israel disse que não destruiria os novos prédios por causa das negociações sendo mantidas com os palestinos sobre o futuro da colônia e dos seus residentes.
A colônia de Havat Gilad foi estabelecida em 2002, segundo o jornal, “em memória de Gilad Zer, um oficial da segurança do conselho regional que foi morto em um cruzamento próximo.”
Quando o governo decidiu destruir as construções ilegais em 2012, o Ministério da Defesa concordou em “compensar o posto avançado mobilizando a sua legalização.”
Depois de duas semanas de negociações intensas, os colonos concordaram em evacuar quatro estruturas. Em troca por sua retirada voluntária, Ya’alon concordou em examinar a possibilidade do reconhecimento oficial da colônia de Havat Gilad.
O palestino que entrou com uma petição na Suprema Corte israelense está buscando ajuda para revelar os detalhes do acordo que afetaria as suas terras.
Shlomi Zacharia, da equipe juridical do Yesh Din, disse: “é lamentável ver que, ao invés de aplicar a lei com relação às construções ilegais em terras privadas, o que tem sido uma contravenção contínua da ordem interina, o ministro da Defesa e seus representantes estão ocupados negociando com figuras envolvidas com a violação da lei na região.”
Com informações do Ha'aretz,
Tradução da redação do Vermelho