Deputado colombiano denuncia promotoria na CIDH por perseguição

Juristas colombianos, no entanto, protestaram e denunciaram o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que deu um prazo de 10 dias para que a Colômbia entregue toda a informação do processo em curso na procuradoria contra o congressista.

Segundo os juristas, a investigação de Ordóñez a Cepeda é enviesada por interesses pessoais e busca paralisar seu trabalho legislativo em nome das vítimas do Estado colombiano nos mais de 50 anos de guerra civil no país. Por isso solicitam que se suspendam os procedimentos disciplinares contra o deputado até que a Comissão tome uma decisão de fundo sobre a compatibilidade desses procedimentos com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.

Isso porque os juristas afirmam que tal processo ameaça os direitos políticos do legislador, as garantias judiciais, a igualdade perante a lei e a proteção judicial que o Estado tem obrigação de garantir.

Esta é a segunda solicitação de medidas cautelares feita por colombianos ante a CIDH relacionadas com as atuações do procurador Ordóñez. Há algumas semanas, o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, pediu realizou pedido semelhante.

Antecedentes

Em setembro, Cepeda recusou o procurador Alejandro Ordóñez, considerando que ele não poderia investigar de forma independente e imparcial o caso por ter um interesse indireto no caso, para ter a possibilidade de, através dele, punir ou desabilitá-lo como opositor político.

Ivan Cepeda é ativista dos direitos humanos, filósofo e o porta-voz oficial do Movimento de Vítimas de Crimes de Estado (Movice), que presta serviços às vítimas de crimes de lesa humanidade.

Da Redação do Portal Vermelho,
com agências