Moeda é centro de polêmica sobre independência da Escócia
O Reino Unido ratificou hoje sua negativa de compartilhar a libra esterlina com uma eventual Escócia independente, enquanto que a região acusa Londres de recorrer a ameaças e pressões.
Publicado 12/02/2014 18:24
Diante do referendo de independência, previsto para o próximo 18 de setembro, o governo britânico tem a intenção de oficializar na quinta-feira (13) a rejeição ao compartilhamento da sua moeda, caso os cidadãos aprovem a separação, adiantou a emissora de notícias BBC.
Apesar do plano do premiê escocês, Alex Salmond, de manter o uso da libra esterlina após a secessão, Londres expressou uma contundente negativa, que o ministro de Finanças, George Osborne, planeja oficializar o quanto antes.
A vice-primeira ministra escocesa, Nicola Sturgeon, acusou o Reino Unido de recorrer a ameaças e pressões como parte de sua campanha contra a independência.
Neste sentido, indicou que negar a moeda iria contra a vontade dos habitantes da região, e também da própria cidadania britânica.
Além disso, continuou, causaria graves perdas a empresas da nação inglesa, que por outro lado teria que assumir sozinha a dívida britânica.
As campanhas a favor e contra a independência começaram a acelerar suas ações em janeiro, tiveram como protagonistas, até o momento, os temas monetário e de política internacional.
Sobre o último, Londres advertiu os escoceses de que a separação implicaria na perda da rede diplomática e comercial de alcance mundial que compartilham com o Reino Unido, pois teriam que iniciar do zero seus vínculos com outras nações e com os diferentes organismos internacionais.
O governo escocês manifestou que sua intenção é manter todos os contatos com países e organizações como a União Europeia e as Nações Unidas.
Ainda que há poucos meses as pesquisas davam uma clara vitória aos contrários à separação, nas últimas semanas os favoráveis ganharam terreno e a distância caiu para apenas sete pontos percentuais.
Uma pesquisa da companhia ICM realizada no final janeiro indicou que 44 por cento dos escoceses rechaçam a independência e cerca de 37 a apoiam, enquanto que os indecisos, grupo decisivo, representam ainda 19 por cento.
Fonte: Prensa Latina