Senador dos EUA anuncia ação contra agência de espionagem

O senador estadunidense Rand Paul entrou com uma ação popular contra o governo de Barack Obama e a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), nesta quarta-feira (12), para mudar o vasto programa de “vigilância”, ou espionagem.

Senador dos EUA Rand Paul - Reuters / Jason Reed

Paul é um senador republicano integrado ao movimento conservador tradicional no Senado, o “Tea Party”, mas prometeu uma “luta histórica” contra a NSA, quando anunciou a ação durante uma coletiva de imprensa, explicando também que não é contrário à "vigilância", mas à falta de um procedimento jurídico.

Há análises sobre a instrumentalização da questão da espionagem e as crises políticas que ela causou entre os EUA e diversos aliados para o ataque ao governo dos Democratas, mas o movimento contrário ao programa de vigilância global, denunciado no ano passado pelo ex-técnico informático Edward Snowden, ainda repercute de forma abrangente.

Apesar do caráter global da espionagem estadunidense, a ação do senador desafia apenas a constitucionalidade do programa da NSA no tocante à coleta de dados das chamadas telefônicas dos cidadãos norte-americanos. São diversos os movimentos de defesa dos direitos civis que denunciam a violação da Quarta Emenda constitucional sobre o direito à privacidade.

“Há uma massa enorme e crescente de protesto neste país, de pessoas que estão revoltadas porque suas comunicações estão sendo coletadas sem qualquer suspeita, sem a autorização de um juiz e sem individualização,” ou seja, de forma generalizada, disse o senador Paul.

“Não sou contra a NSA, não sou contra a espionagem, não sou contra a avaliação de chamadas telefônicas,” explica ele. “Eu só quero que isso seja recorrendo a um juiz, com o nome de um indivíduo, para obter uma autorização. É isso o que diz a Quarta Emenda,” continua.

O anúncio do senador republicano soma-se também às denúncias sobre o uso de drones (veículos aéreos não tripulados) dentro dos Estados Unidos para a “vigilância”. Seu ativismo contra a condução do programa de forma secreta e sem autorização de um juiz alimentam especulações de que ele concorrerá à presidência em 2016.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Russia Today