Ucrânia: Extremistas islâmicos chegam a Kiev para ajudar oposição

Bandeiras de separatistas tchetchenos e sírios foram içadas no sábado passado por extremistas ucranianos na Praça da Independência, centro da rebelião antigovernamental em Kiev, juntamente com a bandeira da Ucrânia.

Os "protestos pacíficos contra o governo do país agora são acompanhados por bandeiras de "cunho islâmico", da Coalizão Nacional da Síria, içadas na praça Maidan, que se converteu em reduto dos extremistas que supostamente lutam por fazer com que seu país tome parte da União Europeia.

A bandeira dos bandos armados sírios foi vista ao lado da bandeira azul clara e amarela da Ucrânia, e também foi içada por sujeitos que estão acampados na praça Maidan, segundo um vídeo divulgado pela emissora de televisão Ruptly TV.

É precisamente sob essa bandeira que os extremistas do autodenominado Exército Livre da Síria (ELS) e vários outros grupos terroristas islâmicos têm aterrorizado e massacrado – inclusive degolando – o povo da Síria nos últimos três anos.

Já a bandeira da chamada "Itchkéria", dos separatistas tchetchenos, manchados até o pescoço com o sangue de seus próprios compatriotas, inclusive de crianças – como aquelas assassinadas na escola da Ossétia do Norte, em Beslan –, e autores de numerosos atos terroristas na Rússia, também foi içada na praça onde estão reunidos os "pacíficos manifestantes" da cristã Ucrânia.

"Meu nome é Zulikhan. Sou tchetchena, itchkerika (partidária dos separatistas), muçulmana, esposa, mãe do melhor bebê do mundo. Meu heroi é Dudáyev (o líder defunto dos separatistas tchetchenos)", escreve em seu blog uma mulher supostamente presente na Maidan.

Abre-se assim mais um cenário de dúvida, que questiona se esses "manifestantes" realmente lutam pela adesão da Ucrânia à União Europeia ou se o que está em jogo é algo realmente muito distante desse pretexto.

Do Portal Vermelho, com informações da emissora de televisão Russia Today