Começa prazo para novo cronograma de obras do Canal do Panamá

A ideia da prorrogação é dar tempo para que a empresa espanhola Sacyr Vallehermoso e a italiana Impregilo, que lideram o Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), apresentem por escrito um novo cronograma de entrega de trabalhos e o repagamento dos 784 milhões de dólares adiantados, entre outros temas.

Quanto ao acordo de cofinanciamento que permitiu a retomada das obras, o governo da Espanha jogou um papel importante através da empresa de capital misto Cesce, que cedeu os 420 milhões de dólares que devem ser pagos à seguradora Zurich, mas esta se retirou do processo negociador.

Dessa maneira o plano do cofinanciamento especificado consiste na contribuição de 100 milhões de dólares por cada uma das partes, os 420 milhões da Cesce e novos prazos da moratória concedidos pela ACP ao GUPC para o repagamento dos 784 milhões citados.

À margem disso, a ACP desembolsará, hoje mesmo, 36,9 milhões de dólares para a conta corrente do GUPC para que pague os sub-contratistas e os salários pendentes dos trabalhadores que já estão lentamente se incorporando a seus trabalhos.

Esse avanço não significa que a crise está resolvida pois ainda estão sobre a mesa as cartas nas quais o GUPC ameaça suspender as obras e a ACP adverte sobre um possível encerramento do contrato com o consórcio.

Nas próximas 72 horas a partir desta sexta (21), o GUPC deve fixar os prazos e metas que deve cumprir, como a entrega das comportas em julho, setembro, novembro e as últimas quatro em dezembro, além de definir o conceito de obra terminada em 2015 que para a ACP é estar pronta para que comecem a passar os barcos de grande calado.

Fonte: Prensa Latina