Dois eventos religiosos são considerados bens imateriais do Rio

A procissão de São Sebastião e a Benção dos Barbadinhos, dois importantes eventos religiosos do calendário carioca, são agora considerados bens imateriais da cidade. O reconhecimento foi dado pela prefeitura do Rio, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), em decreto publicado no Diário Oficial do município nesta quinta-feira (20).

Procissão de São Sebastião no Rio de Janeiro - Reprodução

De acordo com a prefeitura, o reconhecimento faz parte da preparação para as comemorações dos 450 anos da cidade, que serão festejados em 2015. É a primeira vez que eventos católicos passam a integrar a lista de bens imateriais do Rio.

Feita sempre em 20 de janeiro, quando se comemora o dia do padroeiro da cidade, a procissão de São Sebastião sai da Igreja dos Capucinhos, na Tijuca, e percorre várias ruas até a Catedral Metropolitana, na Avenida Chile, no centro. A Benção dos Barbadinhos é concedida pelos frades capuchinhos (franciscanos) na Igreja da Tijuca em toda a primeira sexta-feira de cada ano, reunindo milhares de fiéis.

“Esses dois exemplos de fé extrapolam a questão religiosa. São dois ícones culturais muito vinculados com a imagem da cidade do Rio de Janeiro”, justificou o presidente do IRPH, Washington Fajardo. O presidente do Comitê Rio 450, Marcelo Calero, destacou que o reconhecimento valoriza a ordem religiosa franciscana, “guardiã de três relíquias da fundação da cidade: os restos mortais de Estácio de Sá, o marco de fundação e a imagem de São Sebastião, trazida pelo fundador do Rio de Janeiro”.

Entre os 31 bens imateriais reconhecidos pelo município estão a bossa nova, as escolas de samba, os blocos carnavalescos Cordão do Bola Preta e Cacique de Ramos, a obra literária de Machado de Assis, o Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas e a festa de Iemanjá.

De acordo com a definição da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), são considerados bens imateriais as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que as comunidades, grupos e indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.

Fonte: Ministério da Cultura