Haitianos arriscam a vida para chegar ilegalmente a Porto Rico

A Marinha da República Dominicana anunciou esta semana na imprensa local que foram presas nos dois primeiros meses do ano, 282 pessoas tentando viajar ilegalmente para a Ilha Boriquen, onde fica Porto Rico.

Deste total, 212 eram haitianos, que tentam deixar seu país de origem, ancestralmente açoitado por intempéries da natureza e da exploração internacional. O porta voz militar, capitão de navio Juan Pablo Sandoval García, afirmou à imprensa que ações de vigilância contra a migração ilegal estão sendo intensificadas.

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Na última segunda-feira (24) foram presos 50 haitianos, 35 homens e 15 mulheres, em uma espécie de jangada, prosaica, saindo da localidade de Cumayasa e Las Sardinas, província de San Pedro de Macorís, para Porto Rico, cerca de 290 km de distância. A embarcação clandestina tinha cerca de 30 metros de comprimento sobre 10 de largura e 6 pés de profundidade, além denove barris de 18galões cada um cheios de gasolina para abastecer dois motores de popa. Todos foram transferidos para a sede central da Divisião de Inteligêcia Naval (M-2).

Porto Rico é oficialmente é um território sem personalidade jurídica dos Estados Unidos, localizado na parte oriental do mar do Caribe, a leste da República Dominicana e no oeste das Ilhas Virgens. É um arquipélago, que inclui a ilha principal de Porto Rico, Boriquen, e uma série de ilhas menores, a maior das quais são Vieques, Culebra e Mona. A ilha principal de Porto Rico é a menor em área terrestre e a menor em população entre as quatro Grandes Antilhas, que também incluem Cuba, Hispaniola e a Jamaica.

1.600 haitianos en um ano

A Marinha da República Dominicana informou que entre janeiro e fevereiro deste ano, os 212 haitianos presos representam 75% dos detentos que tentam chegar ilegalmente Porto Rico pelo mar. No entanto, esta tendência tem aumentado desde março de 2013. Até fevereiro de 2014, foram 1.648 haitianos presos por tentar passar ilegalmente para Porto Rico através da costa dominicana. As autoridades atribuem o aumento às instalações dos Estados Unidos, através do programa c Cuban/Haitian Entrant Program (CHEP), que concede benefícios aos imigrantes haitianos e cubanos, o que tem aumentado desde o terremoto que atingiu o Haiti em 2010.

Fonte: Adital