China rebate relatório dos EUA sobre direitos humanos no mundo

Os Estados Unidos divulgaram nesta quinta-feira (27) o relatório sobre direitos humanos de todo o mundo, referente a 2013. Segundo o documento, as repressões contra os ativistas de direitos humanos foram piores no ano passado. Em resposta, a China também divulgou um relatório sobre os direitos humanos nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (28). Diversos países contestam o uso político que o governo estadunidense faz do tema, omitindo as suas próprias e graves violações.

Prisão de Guantânamo - Shane T. McCoy / Departamento de Defesa / Reuters

Em relação à China, o relatório não tem novo conteúdo em comparação com sua versão de 2012. Os EUA continuam atacando as questões de política, democracia, justiça, religião, etnia e internet, todas incluídas em um esforço de avanço reconhecido amplamente no país.

O documento feito pelo Departamento de Estado norte-americano, e é considerado como uma das bases para a elaboração das políticas diplomáticas.

A observação sobre 2013, que abrange cerca de 200 países, disse que, no ano passado, cada vez mais ativistas de direitos humanos foram forçados a manter silêncio, por pressão dos governos, e que a liberdade de expressão e de imprensa foi desafiada ainda mais.

O texto falou também sobre a ineficiência na proteção dos interesses dos trabalhadores,  com uma referência à tragédia em que milhares de operário bengaleses morreram por causa do desmoronamento de uma fábrica de vestuário.

Já nesta sexta (28), O Gabinete de Imprensa do Conselho de Estado chinês divulgou o Histórico de Direitos Humanos nos EUA 2013. O relatório chinês lista problemas relacionados a direitos humanos em diversos aspectos, envolvendo a vida e a segurança humana, direitos civis e políticos, direitos econômicos e sociais, discriminação racial, direitos de mulheres e crianças e violação de direitos nos outros países.

Ainda segundo o relatório, em 2013, 137 pessoas morreram por disparo de armas de fogo nos EUA. Mais de 80 mil cidadãos foram presos em regime fechado, com pena máxima de 40 anos.

Desde 2004, os EUA já lançou 376 ataques ao Paquistão, deixando 926 civis mortos. Além disso, o programa de espionagem Prisma violou gravemente o direito internacional e os direitos humanos.

E no âmbito dos direitos econômicos e sociais, a taxa de desemprego das famílias americanas com salário mínimo chegou a 21%. Entre 2011 e 2013, o número de desabrigados no país aumentou 16%, e existem trabalhadores agrícolas incapazes juridicamente, ou menores de idade.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Rádio China Internacional