EUA intimidam Rússia sobre referendo da Crimeia

Perante o eventual referendo a ser realizado na Crimeia, o presidente norte-americano, Barack Obama, avisou que, se a Rússia continuasse o que chamou de "destruição" de soberania e integridade territorial da Ucrânia, os Estados Unidos iriam forçar a Rússia "a pagar por isso".

A ameaça de Obama aconteceu durante recepção do primeiro-ministro do governo provisório ucraniano, Arseniy Yatseniuk, guindado ao poder após a destituição ilegal de Viktor Ianukovitch.

O vice-presidente norte-americano, Joe Biden, e o secretário de Estado, John Kerry, estavam presentes no encontro também, o que demonstra o apoio dos EUA ao governo ucraniano que, segundo analistas internacionais, é aliado próximo do regime americano.

Dando crédito a seu visitante, Obama disse que o referendo é uma "decisão negligente", manipulada pela Rússia para dominar a Crimeia, o que viola a Constituição da Ucrânia e a Lei Internacional. A virulência da retórica destoa completamente dos argumentos que os Estados Unidos utilizaram há uma década para "legalizar" a independência de Kosovo, território sérvio que forçadamente tornou-se um "novo país" na Europa, com o auxílio militar dos Estados Unidos.

Obama insistiu em dizer que os EUA não reconhecerão a legalidade do referendo, nem aceitarão seu resultado. Ao mesmo tempo, falou que "está tentando" resolver a crise da Ucrânia por meio diplomático.

No mesmo dia, os satélites dos Estados Unidos em relação a questões envolvendo política externa no leste europeu, Reino Unido, França, Alemanha, Japão, Itália e Canadá, também declararam que não vão reconhecer o resultado do referendo popular da Crimeia e vão continuar fazendo pressão contra a Rússia.

Do Portal Vermelho, com agências