El Salvador retorna à normalidade após tenso processo eleitoral

"Enchamo-nos de esperança e alegria", foi a mensagem à nação do presidente eleito, Salvador Sánchez Cerén, depois da confirmação de sua vitória na madrugada desta quinta-feira (13) ao terminar a esperada apuração final da votação.

Sánchez Cerén, um dos líderes históricos da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), se comprometeu a governar para todos seus compatriotas. "Vejamo-nos como irmãos e como amigos, como filhos de uma mesma pátria", disse, ao ratificar seu compromisso de campanha de promover um processo de unidade nacional sem exclusões.

A FMLN ganhou o segundo turno eleitoral do domingo (9) passado com 50,11% dos votos, com uma estreita vantagem sobre a Aliança Republicana Nacionalista (Arena).

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O partido de extrema direita se nega a reconhecer os resultados das eleições, elogiadas por sua transparência pelos observadores internacionais e a maioria da sociedade salvadorenha. Não obstante, desde ontem abandonou as manifestações de rua e apelou para mensagens nos meios de imprensa.

Apesar de seu poder econômico, sustentado no apoio de grandes grupos empresariais, o candidato presidencial da Arena, Norman Quijano, aparece só em uma chamada de televisão. Quijano insiste na existência de uma suposta fraude e em seu pedido de uma nova contagem voto por voto, não contemplado nas leis quando os votos nulos são menores que a diferença entre os candidatos, como ocorreu.

A Arena apresentou oito recursos ao Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), entre eles a anulação das eleições, os quais deverão ser resolvidos em um prazo de 72 horas que vence no próximo domingo.
O presidente do TSE, Eugenio Chicas, disse que cumpridos esses passos legais, o presidente e o vice-presidente eleitos poderão ser proclamados na segunda-feira.

Chicas, o promotor geral da república, Luis Martínez, a Procuradoria para a Defesa dos Direitos Humanos, além de observadores internacionais, descartaram a ocorrência de qualquer fraude.

Enquanto isso, o movimento social retomou protagonismo e saiu a manifestar-se em respaldo à FMLN e para condenar as ações desestabilizadoras da Arena. A FMLN, por sua vez, convocou para amanhã uma concentração popular na capital para celebrar sua vitória, a segunda consecutiva, um caminho iniciado nas eleições de 15 de março de 2009.

Fonte: Prensa Latina