Educadores protestam por educação pública de qualidade no país
O Congresso Nacional, a Esplanada dos Ministérios e o Palácio do Planalto ficaram tomados por trabalhadores e trabalhadoras nesta quarta-feira (19), devido à grande mobilização em defesa da educação pública realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e pelas centrais sindicais.
Publicado 20/03/2014 10:38
A dirigente nacional da CTB, Marilene Betros, comemorou o resultado do ato público. "Pessoas de todas as partes do país estão aqui para mostrar que a educação tem que ser prioridade", afirmou. Ela lembrou que um dos motivos da mobilização é a luta pela aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso Nacional desde 2010. "Queremos a aprovação imediata do PNE. Também exigimos a aplicação dos royalties do petróleo e os 10% do PIB brasileiro para o setor. Essa é a nossa luta e estamos aqui para cobrar uma resposta do Congresso Nacional", ressaltou a dirigente.
Entre os objetivos dos grevistas respeito à lei do piso salarial da categoria e um plano de carreira que seja atrativo. “Estamos fazendo negociações com os governadores também para avançar nas conquistas dos trabalhadores em educação”, acentua Marilene. “Precisamos de mais profissionais para a educação básica e para o ensino fundamental”, enfatiza. Muitas manifestações ocorreram nestes três dias de greve pelo país afora.
Também faz parte da pauta de reivindicação das entidades o cumprimento da lei do piso e a aprovação de plano de carreira para todos os profissionais de educação. "Queremos mostrar nesses três dias de mobilização que não aceitamos a atualização do piso apenas pelo índice do INPC", afirmou Fátima Silva, Secretária de Relações Internacionais da CNTE.
Os deputados Fátima Bezerra (PT-RN) e Artur Bruno (PT-CE), membros da Comissão de Educação da Câmara, também participaram do movimento. "A mobilização dos sindicatos foi fundamental para a aprovação de projetos de interesse da educação e do Brasil", destacou o parlamentar.
Para Fátima Bezerra, "o caminho é esse: de mobilização na rua". "Só assim vamos conseguir a principal bandeira da educação nesse momento, que é a aprovação do PNE", finalizou.
Segundo estimativas da confederação, mais de 2,5 mil trabalhadores estiveram presentes na mobilização, que contou com apoio de diversas entidades que representam a educação e trabalhadores e trabalhadoras de todo o país.
“Mais de 90% dos profissionais da educação básica do país cruzaram os braços também pela valorização dos profissionais da área e por uma educação pública de qualidade. Os educadores defendem que o reajusta do Piso Nacional do Magistério seja com baseado pelo Custo/Aluno/Qualidade”, diz Marilene.
Ela também enfatiza a luta dos educadores pela questão da jornada de trabalho, da qual defendem que 1/3 seja utilizada para a preparação de aulas, estudos e todos os fatores para melhorar o ensino. Além de uma educação voltada para o desenvolvimento nacional autônomo.
Fonte:CTB