EUA e UE confirmam cumplicidade para tentar isolar a Rússia

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) confirmaram nesta quarta-feira (26) sua total cumplicidade para tentar isolar a Rússia devido à questão da Crimeia, bem como para respaldar o governo ucraniano que chegou ao poder em circunstâncias violentas e inconstitucionais.

Ao finalizar uma cúpula bilateral nesta capital, representantes de ambas as partes ratificaram sua posição agressiva contra Moscou, por causa da decisão da Crimeia de integrar a Federação da Rússia depois que grupos radicais desestabilizaram a Ucrânia e facilitaram a chegada de um Executivo de ultradireita sem respaldo legal.

Em uma coletiva de imprensa, o presidente norte-americano, Barack Obama, indicou que a UE e Washington estão juntos em sua determinação de isolar a Rússia, para o que trabalham "com grande coordenação", bem como ajudar o novo Governo ucraniano a estabilizar a economia.

Por sua vez, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, assinalou que os aliados de ambos os lados do Atlântico mantêm "uma posição firme e coordenada, sem equívocos".

Depois dos diálogos conjuntos, as partes anunciaram que face às sanções contra Moscou, iniciarão os gerenciamentos de um tratado bilateral UE-Estados Unidos que permita este último exportar gás natural para o bloco, com o propósito de reduzir a dependência energética da Rússia.

Obama manifestou que graças ao acordo, será mais fácil levar gás norte-americano para a Europa e diminuir a notável dependência deste continente da energia russa.

Em sua estadia de menos de 24 horas na Bélgica, o presidente estadunidense visitou mais cedo o cemitério de Flanders Field, onde estão enterrados 368 soldados estadunidenses mortos na Primeira Guerra Mundial.

Como parte da visita, também está previsto um encontro com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Anders Fogh Rasmussen, reunião que segundo informações também focará no tema ucraniano.

Fonte: Prensa Latina