O Golpe Militar e a repressão aos metalúrgicos
O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e o Grêmio dos Metalúrgicos Aposentados realizarão, no dia 1º de Abril, às 9h, na sede do Sindimetal, um debate com o tema “os metalúrgicos e o golpe militar”.
Publicado 26/03/2014 16:30 | Editado 04/03/2020 17:03

A atividade acontece no dia em que se completam os 50 anos do golpe e servirá como uma preparação para a militância metalúrgica para o ato que unificará todas as centrais sindicais em um grito contra a Ditadura e em defesa da Democracia e das reformas que o país precisa.
O Sindimetal-Rio foi um das entidades mais vigiadas pelo regime autoritário chegando ao absurdo de ter instalado, em suas dependências, no Palácio dos Metalúrgicos, um Inquérito Policial Militar para investigar os trabalhadores.
O presidente do Sindimetal-Rio, Alex Santos, afirma que a atividade será um espaço de formação e de resgate da história do Sindicato
“O Sindimetal-Rio tem um compromisso histórico com a luta pela democracia e pelo resgate da memória das lutas do povo brasileiro. Realizamos esse debate em respeito à luta que os metalúrgicos travaram contra a ditadura”.
Em entrevista ao Alerta-Rio, o líder dos metalúrgicos no Rio de Janeiro ainda salientou:
“O sindicato ele realiza esse debate junto aos nossos aposentados, pessoas que viveram o golpe e a ditadura. Buscamos fazer um resgate desse momento negro da história do nosso país. Não é uma data a ser comemorada, mas uma data a ser lembrada, que serve de aprendizado, que traz para nós tudo de negativo desse período. E é preciso reforçar a nossa meta de evolução do processo democrático com a ótica socialista. O sindicato dos metalúrgicos foi alvo do golpe, nosso sindicato tem um histórico muito grande de participação nos momentos mais agudos da história politica do nosso país, seja no golpe ou durante a ditadura. Nós fomos a primeira entidade de classe a sofrer intervenção da ditadura, tamanha a preocupação dos militares com a possível reação dos trabalhadores metalúrgicos contra o regime ditatorial. Precisamos reforçar nos nossos trabalhadores a importância do avanço democrático e precisamos demonstrar aos trabalhadores que é necessário que a classe trabalhadora conduza a luta democrática no Brasil. É preciso avançar na perspectiva de maior participação dos trabalhadores na vida política do Brasil”, finalizou Alex Santos.
Djalma Oliveira, dirigente estadual do PCdoB e irmão da guerrilheira comunista assassinada pela ditadura no Araguaia, Dinalva Oliveira (Dina), também estará presente no importante debate no SindiMetal-RJ.
SERVIÇO:
Data: 1º de abril
Horário: 9h
Local: Sede do Sindimetal-Rio – Rua Ana Neri, 152, Benfica
*Por Marcos Pereira, com colaboração de Bruno Ferrari.