Estudantes e professores da UFSC são agredidos pela PM

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), campus Florianópolis, foi palco na última terça-feira (25), de mais um episódio de despreparo e truculência da polícia militar no país. Na ocasião, dois policiais à paisana tentaram prender cinco estudante que supostamente carregavam cigarros de maconha, o que gerou um protesto dos demais alunos.

Sob a alegação de dissuadir a manifestação que cercava a viatura, a tropa de choque foi chamada e invadiu o campus fortemente armada com bombas de gás lacrimogêneo, disparando balas de borracha em professores, estudantes e funcionários.

Para o presidente da União Catarinense dos Estudantes (UCE), Yuri Becker, presente no ocorrido, a ação foi imatura e desproporcional. “Nada justifica o que aconteceu na UFSC. Eles chegaram abrindo fogo contra todos, sendo que a simples assinatura de um termo circunstanciado resolveria a questão. Temos, sim, que falar e discutir sobre a questão das drogas, mas violar os direitos humanos é uma agressão. Eles atiram primeiro pra depois tentar resolver’’, lamentou.

Após o tumulto, os cinco estudantes foram levados à delegacia, onde, finalmente, assinaram o termo circunstanciado e foram liberados.

‘’A situação poderia ser resolvida de outra maneira, mas eles preferiram a violência. Por essas e outras que defendemos a retirada da PM no campus, assim como sua desmilitarização’’, falou Yuri.

Reitoria Ocupada

Após a ação da PM no campus, os estudantes realizaram uma assembleia e decidiram por passar a noite na reitoria e permanecer no local até que a reitora da instituição, Roselane Neckel, se reúna com os alunos.

‘’Estamos fazendo reuniões com os sindicatos e servidores da UFSC. Nossa ideia é que todos façam um dia de paralisações para pedir a retirada da PM no campus, assim como exigir explicações sobre as ações truculentas tomadas por eles aqui’’, finalizou o presidente da UCE.

No final da noite de ontem, a reitoria divulgou nota informando que considerou o episódio violento e desnecessário.

Até o fechamento desta matéria os estudantes permaneciam na reitoria.

Fonte: União Nacional dos Estudantes