Jornada de Lutas: estudantes vão às ruas nesta quarta-feira

As manifestações de junho de 2013, impulsionadas pela insatisfação popular com o aumento das passagens de ônibus, iniciaram um período de abertura de debates na sociedade brasileira, com questionamentos e mobilização social por mais direitos.

Jornada - UNE

Outros junhos virão e chegou a hora de, mais uma vez, a juventude ir às ruas exigir melhorias em diversas áreas. Nesta quarta (26), será a vez de Brasília e São Paulo darem início ao processo de amplificar as pautas unificadas de mais de 40 entidades do movimento social exigindo o financiamento público da educação, contra o extermínio da juventude negra da periferia, por trabalho decente e pela democratização da comunicação.

Na capital federal, a juventude se reunirá às 9h em frente ao Museu Nacional e marchará até o Congresso Nacional.

O diretor de Relações Institucionais da UNE, Patrique Lima, destacou a importância da Jornada de Lutas: “é importante para trazer à tona as pautas da juventude brasileira, construídas com unidade dos movimentos juvenis e acumulando forças para as mudanças necessárias para o país”. Ele afirma que, entre todas as bandeiras, “a passeata de Brasília se constrói no bojo das mobilizações para a aprovação do PNE [Plano Nacional de Educação] e da luta pelos 10% do PIB para a educação pública”.

Em São Paulo, a concentração será no Museu de Arte de São Paulo (Masp), às 12h, e seguirá até a Assembleia Legislativa (Alesp), onde haverá uma audiência pública das Fatecs. Haverá também concentração de alunos de universidades privadas na Rua Vergueiro, às 11h, que se somarão aos manifestantes reunidos no Masp. Paralisações também ocorrerão em diversas escolas durante toda manhã, lideradas pela União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes).

A presidenta da União Estadual dos Estudantes (UEE-SP), Carina Vitral, diz que “o governo de São Paulo há vinte anos é uma força política que representa o atraso em nosso estado. Isso é evidente na educação, que é sucateada. As universidades são, em sua maioria, privadas, e as universidades públicas são elitizadas. A educação em São Paulo tem três marcas: a exclusão, a privatização e o sucateamento”. Carina também comenta sobre o extermínio da juventude negra, principalmente da periferia, outro assunto presente na Jornada: “Aqui em São Paulo se encontra a polícia que mais mata no Brasil. Mata a juventude que ousa sonhar por um futuro melhor. A gente quer dizer agora, nas ruas, e nas urnas em outubro, que não vai ter Alckmin. A gente não quer os tucanos, pois eles representam o atraso e o neoliberalismo em São Paulo, por isso usamos a tag #NãovaiterAlckmin”.

Quem participa da Jornada?

ABGLT, ANPG; Apeoesp; Associação Cultural B; Centro de Estudos Barão de Itararé; Conam, Conem, Consulta Popular; Ecosurfi; Enegrecer; Feab; Federação Paulista de Skate; Fora do Eixo; Juventude da CTB; Juventude da CUT; Juventude do PSB; Juventude do PT; Juventude Pátria Livre; Juntos; Levante Popular da Juventude; Marcha Mundial das Mulheres; MST; Nação Hip Hop Brasil; Pastoral da Juventude, PJMP, PCR; Reju; Rejuma; Ubes; UBM, UJS; UNE; Upes.

Fonte: União Nacional dos Estudantes