Manuela pede investigação sobre ameaça de estupro em rede social 

A deputada Manuela D´Ávila (PCdoB-RS) deu entrada, nesta quarta-feira (2), na Procuradoria Geral da República (PGR), a um pedido de investigação de um perfil cadastrado em uma rede social que a ameaça de estupro.

Manuela, como milhares de brasileiros, aderiu à campanha “Ninguém merece ser estuprada”, iniciada nas redes, após divulgação dos resultados da pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mostrou que 58% dos entrevistados acreditam que “se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros”.

As ameaças vieram de várias mensagens disparadas por um usuário do Twitter. “Temos que mostrar a esses ‘fakes’ que suas máscaras caem e que não existe território para o medo que tentam criar”, afirmou a deputada.

No documento, a deputada solicitou à PGR que tome as devidas providências para rastrear a origem das mensagens e identificar o autor para que os dados sejam repassados como provas à Justiça.

A deputada anunciou a decisão em seu perfil no Facebook: “Queria compartilhar com vocês a decisão que tomei de ir a Procuradoria Geral da República pedir investigação de um perfil de twitter que me ameaça repetidas vezes de estupro. Precisamos mostrar para essa turma que a internet não é terra de ninguém. Que as ameaças aqui também têm consequências. Lutar por uma cultura de paz, mais solidária é, muitas vezes, duro, cansativo… Mas vale a pena.”

Campanha na internet

No último dia 30, Manuela publicou duas fotos – uma atual e outra de quando era criança – com a mensagem “Eu não mereço ser estuprada” (veja ao lado), na campanha iniciado pela jornalista Nana Queiroz, de Brasília, logo após a divulgação de pesquisa do Ipea que mostrou que 58% dos entrevistados acreditam que “se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros”.

De acordo com o Ipea, 65,1% dos entrevistados manifestaram concordância, parcial ou total, com a afirmação “Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. Em repúdio ao resultado da pesquisa, milhares de pessoas aderiram à campanha, publicando fotos, nas redes sociais, contra a violência sexual.

Da Redação em Brasília
Com agências