Ministro diz que CPIs são práticas da oposição sem projeto  

Após a sua primeira reunião com líderes da base aliada do Governo, o ministro de Relações Institucionais da Presidência da República, Ricardo Berzoini, afirmou, nesta quarta-feira (2), que a criação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) é prática recorrente da oposição em período eleitoral e revela ausência de proposta para o País. 

Ele se referiu à criação, pelo Senado, de uma CPI para investigar supostas irregularidades na Petrobras. “Já vimos aqui, nas disputas eleitorais de 2006 e 2010, situações semelhantes. A oposição, por falta de projeto para o Brasil, apresenta proposta de CPI”, alfinetou Berzoini.

Ele reiterou que a iniciativa de criar várias comissões para investigar a Petrobras não passa de manobra política, com vistas à disputa eleitoral. “Uma CPI pedida em abril, a 180 dias da eleição, coincide exatamente com o calendário eleitoral. É uma iniciativa meramente eleitoral. Não é uma proposta para investigar seriamente”, observou Berzoini.

Para o ministro, com a manobra, a oposição tenta suprimir o direito dos eleitores de debater o futuro do Brasil. Ele lembrou que o assunto objeto da CPI já está sendo tratado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, pela Controladoria-Geral da União e pelo Tribunal de Contas da União.

Sobre a sugestão apresentada pelos senadores da base aliada, que amplia a investigação para apurar a participação das empresas Alstom e Siemens no escândalo do metrô de São Paulo, conhecido como trensalão tucano, e para as denúncias de desvios nas obras do Porto de Suape, em Pernambuco, o ministro disse que essa foi a resposta encontrada para as manobras impostas pela oposição.

“Eles estão manobrando de um jeito, e a base do governo tem direito de apresentar suas alternativas”, defendeu Berzoini.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara