Israel aplica mais represálias contra palestinos

Israel anunciou a suspensão, a partir desta sexta-feira (11), do repasse ao governo palestino de impostos arrecadados na Cisjordânia, em represália à solicitação de adesão a tratados e convenções da ONU.

Entre os acordos que o governo palestino pediu para fazer parte aparece a 4ª Convenção de Genebra (CGIV), que qualifica como crime de guerra a expropriação de terras e o assentamento de populações em estados sob ocupação militar, como é o caso da Palestina.

A nova medida punitiva contradiz versões divulgadas ontem de um acordo para o reinício do diálogo palestino-israelense baseado na libertação de um judeu estadunidense, que espionou para Israel em troca de dinheiro, e de nacionalistas presos em Israel.

A informação oficiosa sobre o suposto entendimento, difundido por uma televisão israelense, inclui estender as conversas para além do prazo inicial, fixado para 29 deste mês.

Uma fonte palestina disse à imprensa que "não há sinais de uma solução ao bloqueio das negociações" e esclareceu que não se atingiu acordo em nenhuma das questões pendentes.

A atividade dos assentamentos (paramilitares sionistas na Cisjordânia) é um obstáculo estratégico que ameaça levar as negociações ao fracasso, acrescentou o informante em Ramala, onde o Governo palestino tem sua sede provisória.

O bloqueio dos fundos palestinos e as pressões no gabinete israelense, dirigido pela coalizão Likud, em aliança com o partido Yisrael Beitenu, desmentem as versões de entendimento, mas fontes diplomáticas estadunidense afirmam que existem progressos.

As conversas recomeçaram em julho passado, mas foram suspensas pouco depois devido à continuação da expropriação de terrenos na Cisjordânia e em Jerusalém Leste para construir casas destinadas a imigrantes judeus.

Fonte: Prensa Latina