MG: Professores defendem 10% de aumento salarial

Em assembleia realizada no dia 15 de abril, os professores de escolas particulares de Belo Horizonte reafirmaram a pauta de reivindicações da categoria e rejeitaram a proposta do sindicato patronal, que propõe um reajuste de 5,9%. Os docentes querem 10% de aumento, entre outras questões relacionadas à valorização da profissão e melhores condições de trabalho.

Professores de Minas Gerais exigem aumento salarial - CTB

As negociações entre professores e donos de escolas continuam nas próximas semanas. A categoria realiza nova assembleia no dia 30, às 19 horas, na sede do Sinpro Minas (Sindicato dos Professores de Minas Gerais).

Para a vice-presidenta do Sinpro, Valéria Morato, a pauta de reivindicações dos professores é viável, mas o patronal concentra a discussão apenas no reajuste. “As mensalidades sofreram reajuste médio de 9%, desde o início do ano. Contudo, o Sinepe-MG oferece apenas o Inpc. Em seis anos as escolas acumularam mais de 80% de aumentos, enquanto os salários chegaram a somente 46,5% de acréscimo. Os patrões têm obtido ganho real e não repassam aos trabalhadores um valor digno”.

Segundo a diretora do Sinpro, é crescente a quantidade de docentes que pedem demissão das escolas. “A pressão é muito grande. O professor faz com que a escola cresça e seja reconhecida, mas ele não é valorizado e ainda sofre com a precarização e casos de assédio moral. Precisamos unificar e fortalecer a luta pela educação de qualidade e sem valorizar o professor isso fica impossível”, destaca Valéria Morato.

De acordo com o diretor do Sinpro, Newton de Souza, a insatisfação da categoria é grande e está posto um desafio de melhorar as condições de trabalho e resgatar a valorização social. “A escola particular tem muitas fontes de recursos, isenções fiscais, convênios com Fies, Pronatec, venda de materiais, entre outras. É imprescindível pressionar pelo investimento no processo educacional, isso tem que ser colocado em primeiro lugar”.

Fonte: CTB