Regulamentação dos direitos dos domésticos continua sem votação 

Após a discussão do Projeto de Lei que regulamenta os direitos dos trabalhadores domésticos, na sessão plenária na noite desta quarta-feira (23), na Câmara dos Deputados, a matéria retornou à comissão mista de regulamentação da Constituição por ter recebido emendas. 

Por ser uma proposta de comissão mista, o Regimento Comum do Congresso Nacional determina que a comissão deve dar parecer às emendas antes da votação pelo Plenário da Câmara.

A relatora do projeto, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), tentou dar uma tramitação mais rápida ao texto, mas não teve sucesso. Ela queria que o texto fosse alterado pelas comissões da Câmara e votado ontem pelo Plenário.

No entanto, o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), lembrou que o projeto tramita de acordo com o Regimento Comum do Congresso e, por isso, qualquer emenda precisa ser votada pela comissão mista especial que elaborou o projeto de regulamentação.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), tentou chegar a um acordo para que o regimento fosse interpretado de “forma mais generosa”, mas o líder do DEM não aceitou. Mendonça ressaltou que a nova interpretação poderia abrir precedente para abusos futuros. “No futuro, o que vale para o bem, valerá para o mal”, disse.

Alves esclareceu que o Plenário poderá discutir a regulamentação da PEC das Domésticas, mas que as alterações feitas pelos deputados terão de ser analisadas pela comissão mista. “Qualquer emenda terá de voltar à comissão mista”, disse.

Da Redação em Brasília
Com agências