Vice de Paulo Souto defende ditadura e critica sistema de cotas

Para ele, a reserva de vagas no país aumenta as desigualdades. “Quando o cara se forma, os concorrentes dele, depois, em cursos como Medicina, ele pode ser apontado como ‘doutor das cotas’. Ou seja, se um branco comete um erro, aquilo é considerado natural. Se um cotista cometer o mesmo erro, ele terá cometido o erro porque veio das cotas”, afirmou o candidato tucano.

Os crimes cometidos pelos militares, durante a ditadura – que ele chama de “revolução brasileira”, expressão utilizada por militares e simpatizantes do regime autoritário – como os homicídios dos opositores, foram justificados por Góes. “Quem matou, matou, coisa do passado; mataram de um lado, também mataram do outro […]E as centenas de milhares que Cuba matou, ninguém diz nada? Execuções sumárias, ninguém diz nada?”, questiona o candidato a vice-governador.

Joaci Góes defendeu, também, o programa Alfa e Beto de alfabetização, contratado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que foi suspenso das escolas pelo Ministério Público do Estado (MP-BA), no ano passado, por possuir conteúdo racista e sexista. Para ele, ACM Neto estava “certíssimo” ao adotar o programa.

Sobre o modelo ideal educação – segundo ele, a principal bandeira da chapa é a educação – o candidato afirmou que ele precisa priorizar a nota, para gerar competição entre os alunos, e ter parceria com empresas privadas. “Essa ideia no Brasil de não ter competição, essa teoria é da boçalidade: é a teoria do bolivarianismo, de Hugo Chávez, de Evo Morales. Não tem nenhum país no mundo desenvolvido que adote essas diretrizes”.

Além de advogado e empresário, Joaci Góes é também jornalista, escritor, integrante da cadeira de número 7 da Academia de Letras da Bahia (ALB) e consultor educacional das Obras Sociais Irmã Dulce.

De Salvador,
Erikson Walla